Erasto Gaertner, a lembrança no dia em que faria 90 anos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de abril de 1990
Uma iniciativa simples, discreta mas altamente significativa: terça-feira, às 10 horas da manhã, num pedestal de cimento que até a semana passada estava recoberto de limo, será reimplantada a placa que identifica uma das principais avenidas de Curitiba: a Prefeito Erasto Gaertner. Logo abaixo, numa placa um pouco maior, informações sobre esta avenida que liga vários bairros - e que hoje é uma das que têm maior fluxo de veículos.
Seria apenas mais um ato corriqueiro, normal, dentro da obrigação da Prefeitura em cuidar para que as placas que têm sido retiradas por vândalos e ladrões sejam recolocadas, se não fosse um detalhe. Na terça-feira, transcorre o 90º aniversário de nascimento do médico, professor, político e sobretudo um dos mais lembrados prefeitos que Curitiba teve - Erasto Gaertner, cuja administração num período relativamente curto, o coloca, entretanto, na memória como um dos melhores prefeitos que Curitiba já teve.
Dentro do projeto Memória Urbana, iniciado pelo Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano de Curitiba na administração do presidente Cássio Taniguchi, um dos próximos volumes será dedicado a Erasto Gaertner.
Será uma forma de não só reunir um pouco sobre a sua administração, mas também da dimensão do executivo e político que, nomeado por seu amigo Bento Munhoz da Rocha Neto, marcou sua administração por vários aspectos - pavimentação de importantes vias de acesso, criação do cadastro municipal, iniciativas do campo administrativo e, especialmente, uma grande preocupação social - que o fizeram um dos mais estimados homens públicos que Curitiba conheceu. Tanto é que, quando faleceu, milhares de pessoas passaram pelo salão nobre da antiga Prefeitura, na Praça Generoso Marques, no último adeus, fazendo com que a data de 19 de maio de 1953 fosse de luto e tristeza na cidade que ele tanto amou.
LEGENDA FOTO - Erasto Gaertner (de preto, lupa na mão), ao lado do vereador Elias Karam (à esquerda) e assessores, examina o primeiro cadastro de contribuintes, implantado em 1952, em sua administração.
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