Gente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 26 de janeiro de 1973
poucos cineastas contemporâneos conseguiram um tal renome junto ao grande público brasileiro com uma obra tão hermética e cerebral como o italiano Michelangelo Antonioni. Foram os seus filmes mais difíceis - principalmente a trilogia formada por << A Aventura >> (1959), << A Noite >> (1960) e << O Eclipse >> (1961), que o tornaram um dos << monstros sagrados >> da década de 60, fazendo com que os cinéfilos voltassem, só então, as atenções para os seus primeiros filmes lançados anonimamento pela Art Filmes na década anterior. E para que o público mais jovem possa agora conhecer o Antonine pré<< L`Avventura >>, o Festival do cinema italiano programou seus três primeiros longa-metragens: << Crimes d`Alma >> (1950, hoje, 20 horas), << Os Vencidos >> (1952), amanhã) e << As Amigas >> (1955, domingo). Aos 61 anos - a serem completados a 29 de setembro, Doutor em economia e Comércio pela universidade de Bolonha Michelangelo Antonioni foi autor e diretor teatral quando estudante. Fez critica cinematográfica e publicou alguns textos de ficção. Assistente de direção de Marcel Carné e Enrico Fulchignoni (1942), argumentista de Giuseppe De Santis (<< Cacia Trágica >>) e co-argumentista de Fellini (<< Abismo de um Sonho >>), dirigiu oito documentários entre 1943-55. Cineasta profundamente preocupado com o problema existencial do homem moderno, Antonioni apegou-se à profunda e rigorosa análise dos sofrimentos humanos, procurando descobrir não tanto a sua origem, mas conseqüências deste conflito humano no mundo - aqui e agora. Após a sua trilogia mais significativa, Antonioni usou pela primeira vez a cor em << O Dilema de Uma Vida >> (II Deserto Rosso, 1964, no Paiol dia 16 de fevereiro, em 1967) foi filmar na Inglaterra (Blow zUp >> e em 1970 nos Estados Unidos (<< Zabriskie oPint >>, inédito no Brasil).
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