LIVRO
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 09 de fevereiro de 1973
Especialista em editar apenas best sellers a Nova Fronteira coloca nas livrarias mais dois candidatos certos à lista dos mais vendidos: "A Senha" de Irving Wallace e "E Jimmy foi ao arco-íris" de J.M. Simmel. Como já disse um book-review do "Jornal da Tarde", se a Nova Fronteira só publica best-sellers e Irwing Wallace diz o mesmo, um foi feito para o outro. Os romances de Wallace diz o mesmo, um foi feito para o outro. Os romances de Wallace têm sempre um ponto central de escândalo e fixa esse achado, que não deve ser confundido com idéia, os personagens podem se entregar aos movimentos que não devem ser tomados como ação. Desta vez é uma descoberta arqueológica que modifica o Novo Testamento e promove os encontros e desencontros que não devem ser chamados de conflitos. Como "Os Sete Minutos", "A Senha", venderá muito bem e em breve também estará nas telas. Também "E Jimmy foi ao arco-íris" é de um especialista em agradar o público: o austríaco Johannes Mário Simel, 49 anos, que pouco a pouco vai tendo seus livros lançados no Brasil, consumidos com sofreguidão pelos fãs de romance policial: "Nem Só de Caviar Vive o Homem", "Pátria Amada", "Nina", "Amor é uma Só Palavra" e "Deus Protege Os Que Amam". E agora, em "E Jimmy foi ao arco-íris", Simmel, "de enigma em enigma e entre hotéis de luxo, abrigos antiaéreos, uma estranha livraria, policia secreta, manicômio, trens internacionais, cemitérios, agentes corruptos, assassinos profissionais, cria personagens inesquecíveis numa narrativa dinâmica; crua e fantástica" (sic). Enfim, quem tem tempo, que confira. Nós preferimos esperar o filme: é mais divertido.
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