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Aramis

Observatório

A julgar pelos anúncios que ocupam mais de 15 páginas do número de << Status >> (junho/80, Cr$ 90,00), que está nas bancas, os leitores da erótica publicação estão precisando de muito estimulante para suas performances sexuais. Em decorrência da abertura, espertalhões estão oferecendo desde objetos de uso íntimo até filmes eróticos. O Scandinávia Club - com sede em São Paulo, oferece dois filmes em super 8 (<< Learning Love >> e << Oriental Love >>), a Cr$ 4 mil que até há um anos, só era possível ser visto em sessões clandestinas. Aliás, a mesma entidade - que se diz << Instituto de Educação Sexual >>, oferece em outro anúncio, o << anel do amor >> (Cr$ 580,00), << que vai fazer com que ela suba paredes >>, enquanto outra empresa (Alvan) concorre com << Erector >>, com a mesma finalidade - mas vendido mais caro: Cr$ 590,00a unidade. Na área editorial, Farah Abdala se propõe a enviar pelo reembolso postal << A vida de uma prostituta >> (Cr$ 150,00), enquanto as edições Advance oferecem quatro livros (<< Amor, Sexo e Prazer >>, << Amante Total >>, << O Prazer Sexual >> e << Massagem Erótica >>) a Cr$ 1.650,00 e a Editora Atlante, garante que com a leitura de << O método do Dr. Brian Richards >>, a Cr$ 620,00, qualquer cavalheiro melhora sua performance amorosa. Isto sem falar em meia dúzia de outras publicações - mais bem-comportadas. A Rua Emiliano Perneta perde uma de suas mais antigas residências: o general Breno Perneta, 75 anos vendeu por cR4 5 milhões, o imóvel da família, localizado ao lado do restaurante Iguaçu-Emíliano. Apesar de ter nascido naquela centenária casa, militar não resistiu à proposta da Imobiliária 2001, que já está demolindo o casarão - com planos de ali erguer um prédio do tamanho que for possível. Quem por certo vai lamentar a destruição da antiga casa é o pintor Fernando Velloso, diretor do Museu de Arte Contemporânea: no imenso sótão dos fundos da casa, passou sua juventude, instalou seu primeiro atelier e teve sua primeira residência. Ali, nos anos 60, houve muitas reuniões artísticas (e etílicas) de saudosa memória. FOTO LEGENDA- Tiros Waldick Soriano deixou Zé do Brejo louco. Matou dois e quebrou o disco.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
1
04/06/1980

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