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Aramis

Vá e Veja um Divórcio Complicado, as opções

Difícil antecipar a programação dos cinemas da cidade. Na semana passada, o Plaza tinha programado a substituição da comédia "De Volta às Aulas" por "Salve-me Quem Puder". Na última hora, "Back to School" continuou em cartaz. Agora, salvo novas surpresas, ali deve ter estreado "Um Divórcio Complicado" (Miracles), do desconhecido Jim Kouff, sem maiores referências - mas com dois artistas jovens, em ascensão, no elenco: Tom Conti e Terri Garr. No Lido II deveria ter estreado o simpático e agradável "Urubus e Papagaios". Seu diretor e roteirista, José Joffily Filho, esteve na cidade de segunda a quarta-feira, promovendo o filme com um ótimo elenco (incluindo as globais Louise Cardoso e Dora Pellegrino), mas, "Branca de Neve e os Sete Anões" continuará até o dia 29, nas sessões vespertinas. E à noite prossegue "O Rapto do Menino Dourado". Assim, a melhor estréia da semana - "Urubus e Papagaios" - fica adiada para quinta-feira. Mas vale a pena esperar. UM DIVÓRCIO COMPLICADO - Jim Kouff, americano de Los Angeles, estréia na direção com "Um Divórcio Complicado" após ter escrito roteiros para comédias de sucesso como "Class" e "Airplane III" (esta inédita no Brasil), além de "Up The Creek" e "American Dreams". O argumento deste "Miracles" é interessante: um casal, Roger (Tom Conti) e Jean (Terri Garr), está divorciando-se, quando é seqüestrado num acidente de automóvel por um excêntrico ladrão mexicano, Juan (Paul Rodrigues), que acaba de assaltar um banco. Situações inusitadas acontecem e o óbvio acontece: uma reconciliação mesmo que forçada. Rodado em Nova Iorque e no México (Mexicali, Veracruz, Puero Vallarta), "Um Divórcio Complicado" é daquelas comédias de orçamento reduzido (para as escalas do cinema industrial americano), com um elenco que traz novos intérpretes e serve para trampolim tanto ao realizador como aos artistas. Muitos exteriores com belas paisagens do deserto mexicano valorizam, plasticamente, este filme. Não é nenhuma novidade filmar no México. Desde os anos 20 que os americanos têm rodado inúmeros filmes "abaixo do Rio Grande". Mas só um russo, o genial Sergei Eiseinstein, soube captar toda a força e vigor do México e seu povo, num filme que só há 9 anos foi, finalmente, montado, por um de seus assistentes - e que agora encontra-se em cópia selada, lançada pela Globo Vídeo.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Cinema
2
24/07/1987

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