Aldir Blanc
João, jazzístico, genial, internacional, maravilhoso
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de fevereiro de 1987
"Quem quer viver um amor
Mas não quer suas marcas
Qualquer cicatriz
Ah, ilusão, o amor
Não é risco na área
Desenho de giz"
("Desenho de giz" João Bosco/Abel Silva)
A voz, um instrumento. As palavras, uma peça de ourives. Trabalhadas à exaustão. Perfeitos cristais. Diamantes transparentes e preciosos.
O criador que se recusa a aceitar a criatura definitivamente como forma perfeita. Assim buscando sempre novas formas, mergulhando no mais profundo dos sentimentos - dando vida e calor a imagens que, para outros, seriam apenas formas bem acabadas.
Tags:
- Abel Silva
- Agnus Sei
- Águas de Março
- Aldir Blanc
- Amon Rá
- Antônio Carlos Jobim
- Bolero de Ravel
- Cavalo de Tróia
- Cleusa Maria
- David Sanborn
- De Frente Pro Crime
- Desenho de Giz
- Disco de Bolso
- Dois Pra Cá
- Dois Pra Lá
- Dolores Duran
- DX
- Elis Regina Carvalho da Costa
- Escola de Minas
- Harvey Mason
- João Bosco
- João Cândido
- Kid Cavaquinho
- Luisinho Eça
- Maria Alcina
- Nico Assunção
- O Mergulhador
- Ouro Preto
- Paulo Emílio
- Ponte Nova
- Rancho da Goiabada
- Ronnie Foster
- Rosa dos Ventos
- Samba do Pouso
- Sérgio Ricardo
- Tamba Trio
- Teatro do Paiol
- Vinícius de Moraes
Miltinho, do MPB-4, em seu bom lp solo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de julho de 1986
Rui (Alexandre Faria, Combuci, RJ, 1938) foi o primeiro. Há dois anos, pela Barclay, fez seu elepê solo. Sem que isto significasse a separação do MPB-4, grupo vocal formado há 24 anos, em Niterói. Agora é Miltinho (Mílton Lima dos Santos Filho, Campos, RJ, 1944) que também faz seu disco solo ("New Malemolência", etiqueta MilTons, distribuição da Fonobrás).
Compositores contra a pirataria do PTB
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 02 de julho de 1986
Um alerta para os políticos que pretendem usar músicas populares em suas campanhas sem a devida autorização dos autores: os compositores estão atentos para processar a quem piratear suas obras em mensagens não autorizadas. Um exemplo foi a decisão de Francisco Mário, Aldir Blanc, Cláudio Cartier, Paulo Cesar Feital e Maurício Tapajós em denunciarem o PTB que em programa nacional, por rádio e televisão, no dia 29 de abril, usou músicas destes autores (e mais Márcio Borges, Wagner Tiso, Egberto Gismonti).
xxx
Foram poucos gols na futebolgrafia
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de junho de 1986
Considerando que o Brasil é o país do futebol, a musicografia inspirada pelo esporte-rei não é tão significativa quanto deveria. Quem ainda mostrou, recentemente ("O Estado de São Paulo", 25/5/85) a pobreza musical em termos de futebol como temática foi o jornalista Zuza Homem de Mello, ex-presidente da Associação de Pesquisadores da Música Popular Brasileira e produtor do programa de maior audiência na Jovem Pan, em São Paulo.
Tags:
- Aldir Blanc
- Ary Barroso
- Associação dos Pesquisadores da MPB
- Barra da Tijuca
- Bom Tempo
- Carmen Miranda
- Chico Buarque de Hollanda
- Copa do Mundo
- David Nasser
- Deixa Falar
- Édson Arantes do Nascimento
- João Bosco
- João de Barro / Alberto Ribeiro
- Jorge Goulart
- Jovem Pan
- Lamartine Babo
- Linda Batista
- Marino Pinto
- Martinho da Vila
- Miguel Gustavo
- Moreira da Silva
- MPB
- O Estado de São Paulo
- Pra Frente
- Raul Torres
- Roberto Silva
- Thomas Roth
- Titulares do Ritmo
- Wilson Batista
- Zuza Homem de Mello
Mário, o violão com som social
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 09 de novembro de 1985
No ano retrasado, Francisco Mário mereceu todas as premiações com seu maravilhoso "Conversa de Cordas, Couros, Palhetas e Metais". Passaram-se quase dois anos para Francisco fazer um novo disco: "Pijama de Seda", a exemplo de seus três outros lps ("Terra", 1979; "Revolta dos Palhaços", 81), também uma produção independente, através de sua etiqueta Libertas (pedidos para Rua Araucária, 90/202, Rio de Janeiro - CEP - 22461).
Aldir e Maurício, no melhor disco de 1984
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de dezembro de 1984
Há quatro anos, Maurício Tapajós (Rio de Janeiro, 27.12.1943), dono já de uma sólida obra com ilustres parceiros - paralelamente a uma das mais lúcidas e corajosas lutas em defesa dos direitos autorais - gravou um elepê como intérprete ("Olha Aí", produção da Sociedade de Artistas e Compositores Independentes Ltda.). No primeiro semestre de 1984, Maurício voltou aos estúdios para fazer um álbum duplo, - desta vez registrando a parceria com Aldir Blanc e realizando aquele que é, em nossa opinião, o melhor disco produzido no Brasil em 1984.
Tags:
- A Louca
- A Voz do Brasil
- Aldir Blanc
- César Camargo Mariano
- Chico Buarque de Hollanda
- Chico Caruso
- CLÁUDIO
- Cristina Santos
- Elifas Andreato
- Heitor Valente
- Hermínio Bello de Carvalho
- João Bosco
- João Figueiredo
- João Nogueira
- Jorge Eduardo
- Lamartine Babo
- Lucélia Santos
- Luiz Carlos Saroldi
- Luiz Cláudio Ramos
- Marco Aurélio
- Marília Barbosa
- Maurício Tapajós
- Mello Menezes
- Milton Nascimento
- Moacyr Andrade
- MPB
- MPB dos
- Nilo de Paula
- Noel Rosa
- O Bonde
- Olha Aí
- Paulo Caruso
- Paulo César Pinheiro
- Paulo Emílio
- Querelas do Brasil
- Quinteto Violado
- Radamés Gnatalli
- Santo Amaro
- Suely Costa
- Tarik de Souza
- Valsa do Maracanã
Canto negro do mineiro Bosco
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de dezembro de 1984
Para quem acredita na reencarnação, pode-se até dizer que em outra época João Bosco foi um negro cantador de nostálgicos blues, gospels e labor songs. A facilidade que tem de fazer scats - o canto sem letra - nos transfere a imagem para uma outra galáxia sonora, distante daquela que é a dos nossos dias. Mais do que nunca esta sensação está presente ao se ouvir "Gagabirô" (Barclay, novembro/84), o mais negro de todos os discos de João Bosco - e sem favor, um dos melhores trabalhos fonográficos do ano.
Tunai, o favorito das superstars da canção
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de setembro de 1985
Não deve ser fácil carregar o fardo de ter um irmão superstar. O drama já atingiu dezenas de talentos, muitos dos quais não resistiram à pressão das comparações. No caso de Tunai (Antonio Freitas Mucci, Ponte Nova, MG, 1950), a força do irmão João Bosco - hoje um dos 5 mais importantes compositores-intérpretes do Brasil, não chegou a balançar sua cabeça. Ao contrário, em que pese a fraternal amizade e admiração mútua, cada um segue o seu caminho.
Marina e Verônica , o belo e moderno canto
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de setembro de 1985
É necessário, sempre, estar de ouvidos atentos - e limpos em termos de preconceitos - para entender as mutações sonoras de cada época. Por exemplo, para quem entende a MPB em termos de interpretação tradicional, admitindo-se como padrões únicos de canto feminino uma linha que vai de Dalva de Oliveira a Elizeth Cardoso, a audição de cantoras jovens como Marina Lima "Todas", Polygram) ou a estreante Verônica Sabino ("Metamorfose", Polygram) pode chocar. Para não dizer irritar.
Tags:
- Aldir Blanc
- Altay Veloso
- Antônio Carlos Jobim
- Antônio Cícero
- Avenida Brasil
- Bom Dia
- Bossa Nova
- Caetano Veloso
- Céu da Boca
- Coisa Feita
- Dalva de Oliveira
- Elizeth Cardoso
- Fernando Sabino
- Ivan Lins
- Kiko Zambianchi
- Luí Farias
- Luiz Avellar
- Marina Lima
- MPB
- Muda Brasil
- Muito Romântico
- Nossos Momentos
- Paulo Emílio
- Por Querer
- Raul Seixas
- Ricardo Silveira
- Verônica Sabino
- Vitor Martins
Márcio, a bossa dos bons tempos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de março de 1985
Na história da música popular brasileira dos anos 60, um nome ainda não teve o reconhecimento merecido: Aluízio Porto Carreiro, médico psiquiatra, violonista amador e sobretudo entusiasta estimulador de muitos talentos. Em sua agradável casa, no início da década de 60, se reúnem jovens que desejavam músicas. Gente que se tornaria conhecida: Aldir Blanc, Luiz Gonzaga Jr. (Que chegou a se casar com uma de suas filhas), Ivan Lins, Lucinha Lins e tantos outros que semanalmente se encontravam na casa da Rua Jaceguai, Rio.