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Elton Medeiros

Sambistas

A programação de marketing das grandes gravadoras já estabeleceu cronogramas fixos para a disputa do mercado em determinadas faixas. E na área das sambistas os campos estão definidos: a Odeon ataca com Clara Nunes, que de elepe para elepe vem vendendo cada vez mais, a RCA tem Beth Carvalho (ex-Tapecar) para dividir o orçamento dos fãs e a Phonogram vem tendo na ascendente Alcione uma candidata forte a garantir excelentes vendas.

Celia, Bethania & Elza

1977 encerrou com um auspicioso retorno fonográfico: a paulista Célia, cantora das mais afinadas, segura e vigorosa, cuja estréia, no início da década saudamos com o maior entusiasmo, reapareceu após uma longa ausência, com um disco que entra em algumas das relações dos melhores do ano, que apresentaremos ainda este mês, aqui em O ESTADO. Célia é o exemplo de cantora do maior vigor, personalidade fascinante, mas que tem desperdiçado chances de maior sucesso, em termos de consumo, para não interferir em sua (agitada) vida pessoal amorosa.

Compositores e Intérpretes (II)

Os baianos continuam acontecendo musicalmente. Se Gil e Caetano, com seus novos discos ("Refavela" e "Bicho", respectivamente, da Philips) ocupam um natural destaque, não podemos esquecer outros filhos da boa e musical terra, em seus estilos diferentes. Por exemplo, Paulo (Francisco [Espindola] Brito, ex-bancário, ex-estudante, ex-craque do futebol baiano, após um baião ("Chegando"), que chegou a aparecer em 1975, ganha agora o seu primeiro elepê ("Atenção", RCA Victor, 183.0204, maio/77).

A mais musical das Parcerias

De todas as << Parcerias >> até agora realizado no Paiol, talvez nenhuma tenha sido mais musical do que a de segunda-feira: ao contrário de muitas vezes, em que os << Parceiros >> só se conheceram durante almoços que antecipa o encontro da noite, desta vez foram dois grandes amigos que ali estiveram.

Nara, com ternura

Junto com seu marido, o estatístico Paulo Rezende Lima, 36 anos, gaúcho mas que desde os 18 dias de idade morou no Rio, Nara Leão passou dois dias em Curitiba. Ao invés de fazer shows - que lhe cansam e desagradam -, Nara aceitou a proposta da Polygram para, junto com Paulo Guerra, diretor-geral de promoção, percorrer as principais capitais brasileiras. Há 16 anos na Polygram, mais de 20 elepês gravados (o último << Com Açúcar, Com afeto >> , saiu há poucas semanas), Nara tem um marketing único no Brasil.

Conservatória, a cidade com noites de serestas

Poetas, Seresteiros, namorados, correi! Há noites de luar em um paraíso para quem conserva o romantismo em seus corações. Chama-se Conservatória, é um distrito do município de Valença (a cidade natal da violonista Maria Rosa Canellas, 45 anos, que adotou o nome artístico de "Rosinha de Valença", distante 150 km do Rio de Janeiro. Tem pouco mais de 4 mil habitantes, um casario colonial espalhado por apenas três ruas mas ali vive a alma da Seresta brasileira.

A cantora do coração & o poeta do povo

Quando na segunda vez que entra no palco, dando (seqüência( ao show musical com o qual se encerra o Projeto Pixinguinha - edição 77, Marília Medalha leva o público a vários minutos de aplausos após cantar "Ponteio", de Edu Lobo/Capinam, por ela defendida no Festival de MPB da Record, há 10 anos.

Olivia e Vania, duas excelentes cantoras

Uma das dificuldades no levantamento anual que se faz em termos de música é apontar as revelações de cada período. Afinal, se houve uma projeção de um determinado artista - cantor, compositor, instrumentista, grupo - não significa que ele tenha aparecido exatamente naquele ano, mas, sim, já vinha trilhando há anos os caminhos artísticos, não sendo, portanto estreante. Apenas é que a tirania da mídia de comunicação não os permitiu aparecer antes.

Música I: Hermínio

O poeta, produtor e letrista Hermínio Bello de Carvalho passou a tarde de ontem , em Curitiba, bastante ocupado. Esteve na Secretária de Educação e Cultura, no Teatro Guaíra, conversou com o pessoal de música, fez muitas perguntas sobre a cidade e o comportamento da população. Hoje, Hermínio, junto com os produtores Paulo César de Rezende e Alvim Barbosa que o acompanham , seguirá para Florianópolis e, em seguida, irá a Porto Alegre. De volta ao Rio , Preparará um amplo relatório, detalhando o "Projeto Pixinguinha", no qual está mergulhando de corpo e alma.

Clementina no Paiol

Ora, viva! Afinal, o Teatro do Paiol volta a prestigiar a música brasileira: de 30 de março a 3 de abril, temporada com uma das mais admiráveis compositoras e intérpretes da MPB: Clementina de Jesus.
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