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Nino Rotta

O cinema (muito) falado de Caetano

Horas após assistirmos, em sua estréia mundial, ao filme "O Cinema Falado", em exibição hors concours durante o III FestRio (novembro/86), e relatando em O Estado do Paraná a polêmica que se seguiu, provocada pelas (justas) vaias que o cineasta Arthur Omar ("Tristes Trópicos", "O Som") estimulou durante a projeção na Sala Glauber Rocha (Hotel Nacional, RJ), escrevíamos que este seria o filme que mais discussões provocaria e ganharia os melhores espaços na imprensa nacional. E não deu outra!

Chato, pretencioso, mas é inteligente!

Uma das mais (fáceis) observações que se pode fazer a respeito de "O Cinema Falado" é de que se o mesmo fosse reduzido para uma média metragem, de 30 a 40 minutos, seria uma obra-prima, capaz de merecer prêmios em qualquer festival com júri de bom senso. Há seqüências belíssimas. Produção irrepreensível (fotografia de Pedro Farkas, montagem de Mair Tavares). Entretanto o filme é longo. E se há momentos deliciosos - visual ou mesmo auditivamente - há seqüências que se tornam insuportáveis a quem não seja tiete de Caetano.

Uma Nova Obra-prima de Fellini: "Ginger E Fred"

A trilha sonora de Nicola Piovani lembra, clara e declaradamente, os melhores momentos de Nino Rotta. Os personagens são aqueles típicos rostos que Fellini, 67 anos, tão bem vem desenvolvendo há quase 40 anos de cinema. São seres sofridos, esperançosos, simples, emocionantes. Um universo único e especial que faz do genial cineasta italiano um realizador de tanta poesia e ternura como foi Chaplin nos anos 20/30.

Trocando figuras, afinal o tempo feliz para os "ratões" dos festivais

Uma expressão, ainda não dicionarizada mas que já faz parte da linguagem musical: os Ratões de Festivais. Define aqueles compositores-intérpretes de talento que, na busca de um espaço profissional mas lutando ainda pela falta de oportunidades, apresentam-se regularmente em festivais de MPB que se realizam onde quer que pinte uma boa grana. Em São Paulo, Minas, Goiás, Rio de Janeiro - para falar apenas nos Estados em que se observa mais esta figura, há pelo menos uma dúzia de talentos que há anos vêm acumulando premiações.

Geléia Geral - Os song-books com o melhor do jazz

Excelente início de ano aos que curtem o melhor jazz: a Polygram editou os songbooks de Fats Waller com Dinah Washington; Cole Porter, em álbum duplo com Ella Fitzerald; Duke Ellington e Count Basie com Mel Thorme e Irving Berlin com Sarah Vaughan e Billy Eckstine. Produção de Norman Granz para a Verve, realizados nos anos 50 ou início da década de 60 - mas estavam inéditos no Brasil.

A música de Plenizio, o novo Rotta para Fellini

Um (entre tantos) aspectos que fez muitos espectadores assistirem mais de uma vez a "E La Nave Va" foi a sua trilha sonora. Especialmente o público que curte o bel-canto apreciou muito a banda sonora deste filme de Federico Fellini, que em estréia nacional em Curitiba após um mês de exibição, tem agora suas últimas sessões no cine Itália - hoje em horários normais - e amanhã somente às 14 e 16 h30min. - já que á noite, ali haverá a pré-estréia de "Fanny e Alexandre", de Ingimar Bergman (em lançamento comercial a partir de quinta-feira).

Lido renasce como o cinema geminado

Quem passar defronte o Cine Lido, na Rua Ermelino de Leão e se detiver por alguns instantes, observará -apesar do alto tapume - que praticamente do antigo prédio construído há mais de 20 anos, só restam as paredes laterais. Em poucas semanas, mais de 60 homens da Construtora Tabajara demoliram o cinema, obedecendo a um rigoroso cronograma de obras que prevê a reabertura de duas salas -Lido I e Lido II - exatamente a 23 de dezembro. Para uma das salas está escolhido até o filme: "Tubarão - III Parte", de Joe Alves, lançado a 3 meses nos Estados Unidos, no processo de terceira dimensão.

O cinema desglamorizado na visão dos bastidores

Existem várias - e estimulantes - formas de se apreciar "O Substituto" (Cine Lido, hoje). Como um filme que revela os bastidores do cinema, se inscreve naquela categoria de "film on film", ou seja, o cinema dentro do cinema que já motivou dezenas de títulos, levantados por dois pesquisadores, Rudy Behlmer e Tony Thomas em "Hollywood's Wollywood" (The Citadel Pres, Seraucus, New Jersey, 343 páginas, 1975).

Musical coração de Reinaldinho

Qualquer dia deste o compositor, violonista e cantor Reinaldinho (Reinaldo José Godinho, paranaense de Siqueira Campos, 28 anos completados dia 1.º de junho último) terá uma surpresa ao ver gravado, possivelmente na voz de Alaíde Costa - uma das mais belas do Brasil, um de seus mais perfeitos temas: "A Valsa dos Bobos", que fez após assistir a "Amarcord" e que Nino Rotta (1918-1979), tranquilamente avalizaria. "A Valsa dos Bobos" era uma das músicas que o flautista Alaor mais gostava de tocar nos tempos em que o Marito`s, na Rua Dr.
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