GENTE
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de março de 1973
Em Curitiba não existe nenhum homem que sabe javanês - como o personagem do conto de Lima Barreto. Mas um dos poucos que pode falar muito sobre a Ilha de Java e de Sumarra, - é JOHANNES MEY, um holandês simpático de rosto vermelho como rabanete, contrastante com seus cabelos brancos. Hoje brasileiro naturalizado e integrado ao Paraná - onde reside há 19 anos, Johannes foi eleito há poucas semanas diretor tesoureiro do Aeroclube do Paraná, com 68,7% dos votos e já está executando projetos do presidente Alceu Nascimento: aumento da frota, retornar a sede e recuperar motores de alguns aparelhos. Nascido em Amsterdam, em 28-8-1928, Mey serviu quatro no Exército, um na Holanda e 3 na Indonésia, nas Ilhas de Java e Sumatra. Quando chegou ao Brasil em 1954, trazia um diploma de eletrotécnico e logo começou a trabalhar no ramo de instalações elétricas. Posteriormente, constituiu a Proinstel, que hoje já conta com importantes serviços: Tribunal de Contas, Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, Rodoferroviaria etc. Há 3 anos brevetou-se pelo Aeroclube do Paraná e antes de determinar o curso adquiriu um Cessna Cardinal, de 4 lugares. Quando de seu batismo, seus colegas pintaram na cauda de seu Cessna um rabanete - alusão a cor de seu rosto. A pintura permanece até hoje. Além da aviação, seu hobby é a radio-telegrafia, além de, nas horas de folga, uma partida de bridge. Aliás após chegar ao Paraná em 1955, representou o estado no Campeonato Brasileiro de Bridge, fazendo bonito. Sua única queixa: muita pouca gente da terra conhece o sofisticado jogo de cartas inglês. E por isto ele sempre está com boa vontade, ao lado de sua esposa, dona Kitty, em ensinar os segredos do bridge a quem se interessar possa.
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