Foi realmente o Nadinho (aquele hippie de "O Bem Amado", telenovela de Dias Gomes, pela Rede Globo) quem decidiu, para Jorge Botelho, os passos do futuro. Depois de agir na reportagem das revistas "Cartas" e "Destino" Jorge escreveu e participou de fotonovelas, fez teatro e apareceu em alguns filmes (ramo no qual o maior sonho era se transformar em roteirista). Mas acabou na televisão e, ao personificar o Nadinho, achou sua rota. "Estou gostando muito do meu papel, principalmente pela facilidade de dialogo que propõe. Os hippies vivem sendo atacados pela sociedade, mas eles, melhor do que ninguém, sentiram na pele os problemas que esta sociedade os fez passar. Dias Gomes está sendo muito feliz na sua história. Talvez com "O Bem Amado" a gente consiga apontar uma série de defeitos e tabus que ainda existem em nossa sociedade". Entusiasmado, o jovem, que decididamente optou pela televisão.

Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:

Veiculo: Estado do Paraná

Caderno ou Suplemento: Nenhum

Coluna ou Seção: Panorama

Página: 4

Data: 28/03/1973

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