No campo de batalha
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 08 de abril de 1989
Não está afinado o ambiente interno da Orquestra Sinfônica do Paraná. Embora, oficialmente, seja negada a existência de qualquer crise, nos bastidores o clima é de tensão e mesmo revolta. Motivo: a ameaça de demissão de três integrantes da orquestra - a fagotista Solange, o violinista Samuel e o trompista Nivaldo dos Reis Calçado.
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Há um clima de indefinições e tensão no ar, com disputas de espaço e poder, formação de grupos de apoio ao maestro Oswaldo Colarusso, enquanto o titular, Alceu Bochino, 70 anos, também sente-se atingido. Aliás, qualquer desrespeito a Bochino - um nome nacional, com uma obra imensa - é para indignar qualquer pessoa.
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Após 4 anos, finalmente a Orquestra Sinfônica do Paraná parece que irá gravar um elepê - e isto graças à visão do superintendente da Fundação Teatro Guaíra, Constantino Viaro. A Orquestra de Câmara de Blumenau, que vive sem crises e com muita competência, já gravou oito elepês e hoje tem total autonomia financeira. Deveria servir de espelho para a nossa Sinfônica.
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O secretário René Dotti não pára de fazer nomeações para órgãos consultivos, mesmo em unidades que pouco (ou nada) fazem. Por exemplo, para o Parque Histórico do Mate (?), designou um "conselho consultivo" formado pelos srs. Carlos Macedo, José La Pastina Filho, Antônio Carlos Leão, Augusto Barros, Luiz Becharam Amim e sra. Gina Esther Issberner. Talvez agora, com mais este conselho, o Museu do Mate tenha melhores dias.
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Um dos mais tradicionais endereços de Curitiba mudou de mãos: a Confeitaria Iguaçu foi vendida pela família Mehl. Inaugurada em 1958, a confeitaria-restaurante da Praça Osório manteve por três décadas um alto nível de qualidade e uma freqüência fidelíssima.
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