Os rótulos de Rosirene
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 28 de outubro de 1975
Pouco a pouco, as boas idéias vão sendo aproveitadas para preservar a nossa (pobre) memória visual. Fernando Velloso, diretor do Museu de Arte Contemporânea, há meses vem coordenando um levantamento sobre as artes gráficas no Paraná, no setor de cartazes, para uma futura exposição e publicação especial. Mais modesto, mas igualmente importante, é o levantamento que a jornalista Rosirene Gemael, uma das mais responsáveis profissionais da nova geração empreendeu a partir de junho último sobre rótulos de bebidas, fabricadas no Paraná. Em quatro meses, Rosirene entrevistou 12 velhos gráficos e litógrafos, reunindo uma preciosa documentação, do que extraiu o texto para uma publicação que será lançada amanhã, na Casa Romário Martins, simultaneamente a inauguração da exposição. Modestamente, Rosirene diz que o seu trabalho "não se caracteriza como uma pesquisa; apenas coletamos o máximo de material possível (documentos, recortes de jornais) etc. que estará a disposição do publico interessado". Apesar da humildade de Rosirene, seu projeto foi dos mais válidos e mostra o que se pode fazer, desde que com boa vontade, em favor da memória - tão carente de fortificantes - de nossa cidade.
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