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Aramis

Porta de livraria

* Luiz Schwartz, da Companhia de Letras, decidiu privilegiar os leitores - pelo visto cada vez em número maior - de obras místicas. Assim, além de lançar no próximo dia 23, terça-feira, "História Noturna", está patrocinando a vinda de seu ator, o italiano Carlo Ginzburg, para uma série de debates em São Paulo. Em "História Noturna", Ginzburg oferece uma nova interpretação do sabá, encontros noturnos em que supostamente se celebravam banquetes, orgias sexuais e cerimônias antropofágicas. xxx * Também nesta faixa de leitores, outra publicação da Companhia [das] Letras: "Religião e o Declínio da Magia" de Keith Thomas, em tradução de Denise Bottman e Tomás Rosa Bueno. Um estudo de magia, bruxaria, astrologia e suas relações com a religião (o livro tem o subtítulo de "Crenças populares na Inglaterra, século XVI e XVII"). Edição luxuosa, em capa dura, 728 páginas. xxx * Dois livros dos brazilianistas também pela Companhia das Letras: "Machado de Assis: Impostura e Realismo", do inglês John Gledson, que chega terça-feira em São Paulo, a convite da Unicamp. Já o 15o. volume da coleção "A vida cotidiana" é do historiador francês Fréderico Mauro analisando "O Brasil no Tempo de Dom Pedro II". Professor de história, designado em 1968 para a primeira cadeira de História da América Latina criada na França (Faculdade de Letras e Ciências Humanas, de Paris-Nanterre), Mauro retrata o cotidiano repleto de contradições do Rio de Janeiro do século XIX. xxx * Quando o "Cahiers du Cinema" completa 40 anos, a Brasiliense publica "O Cinema" de André Bazin, com introdução de Ismail Xavier e cuidadosa tradução de Eloiza Araújo Ribeiro. Ao morrer, em 1968, Bazin, um dos fundadores do "Cahiers", deixou pronto o primeiro volume de uma série chamada "O que é cinema? ". O título, segundo dizia Bazin, "não é bem a promessa de resposta, mas antes o enunciado de um problema". Reunidos agora - pela primeira vez no Brasil - em "O Cinema", os 27 principais ensaios dessa coleção (cujos três volumes seguintes foram organizados pelo cineasta Jacques Rivette) formam um estudo importante. xxx * Não é só a Summus que se preocupa em editar livros sobre comunicação - conforme registramos ontem: a Brasiliense está lançando "Comunicação - Teoria e Prática Social" de Eduardo Neiva Jr., com prefácio de Moniz Sodré. Obra destinada a um público especial, o ponto de partida deste estudo do semiólogo Neiva Jr., pretende mostrar que, mesmo sem perceber, sempre que transmitimos ou recebemos mensagens verbais observando certos requisitos que tornam possível a comunicação. A discussão das regras que definem este contexto é que está nas 200 páginas deste ensaio.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
21/07/1991

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