Um violão na noite vazia
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de março de 1977
Na vazia e fria curitibana (apesar do surpreendente verão), um seresteiro promete um ambiente acolhedor: "Passargada". violão-bar, na Rua Dr. Murici, 1111, próximo a Praça Garibaldi - que funcionará anexo a um restaurante "Marito's", Mario Trevor, um homem de muitas estórias e vivências que, violão debaixo do braço, tem corrido mundo e aprendido bastante, é quem vai explorar a casa - em seus dois ambientes. Um mais íntimo, para o público que acompanha a trajetória de Mário em Curitiba, desde o esfumaçado porão do Hermas Bar, na Avenida Sete de Setembro, até a sua atual casa - um galpão num terreno de fundos da Rua Itupava - de difícil localização e onde só mesmo os amigos mais fiéis conseguem localizá-lo.
Mario Trevor considera-se antes de tudo um seresteiro. Mas é como executante de violão que atinge os pontos mais altos, exibindo uma admirável técnica - do popular ao erudito. E, coisa rara, acrescenta ao virtuosismo instrumental também uma razoável dose de conhecimentos sobre compositores, identificando os autores das músicas que executa, inclusive com detalhes curiosos. Tudo isso faz com que a sua casa - com inauguração programada para os próximos dias (mas ainda não marcada a data) prometa ser um endereço que falta nesta cidade. Aliás, a Praça Garibaldi, ganhará também em breve um bar-executivo, empreendimento de um experte lusitano.
E já que falamos em inauguração, na próxima sexta-feira é João Jacob Mehl quem recebe para apresentar a sua nova casa, a "Ilha do Mel". Novo grande endereço destinado apenas a serviços de recepção. Com capacidade para 800 pessoas, com condições de sediar pequenos congressos, a casa tem a seu favor o padrão-Iguaçu de qualidade, conseguido com os 20 anos de existência da confeitaria-restaurante do velho Leopoldo Mehl.
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