Os Homens & Os Fatos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de junho de 1974
José de Andrade - o Pacheco, como é conhecido desde que interpretou um personagem com este nome num sketch cômico em 1933, um gaúcho de Cruz Alta, 62 anos, 28 de teatro, é o anjo da guarda de Juca Chaves 36 anos (Teatro Guaíra, de hoje a domingo, 21 horas), há 3 anos e pode contar incríveis histórias sobre o menestrel maldito. Confirmando que "Vá Tomar Caju" já rendeu mais de Cr$ 5 milhões, Pacheco nega que Juca seja pão-duro: "Ele é comerciante: briga por Cr$ 1,00 mas gasta, fraternalmente, Cr$ 10 mil num jantar... principalmente se a companhia for feminina". Empresário praticamente de todos os grandes artistas brasileiros, Pacheco passou seis anos correndo o continente americano (1945/51), quando atendeu Carmem Miranda (1909-1955), Libertad Lamarque, Trio Los Panchos, e a orquestra de Xavier Cugat e outros dourados ídolos das décadas de 40. Em Curitiba, esteve pela primeira vez há 30 anos: era o empresário da companhia de operetas dos irmãos Pedro, Vicente e Amadeu Celestino - que fizeram temporada no Cine-Theatro Palácio, (nascendo então sua amizade com Xiririca - Alberto de Oliveira, 62 anos, 45 de teatro), que o auxilia agora no atendimento a esta temporada de Juca Chaves.
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Já consta do catálogo da Editora Fundo de Cultura, da Guanabara, o livro "Timidez - o ano impedido", do professor Herley Mehl, que dentro de alguns dias chegará na Livrobrás e Livraria Rivoli. Ex-diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Católica e ex-diretor do antigo Instituto de Ciências Humanas da UFP o médico Herley Mehl, 41 anos, professor de Psicologia, tem outro trabalho pronto, que possivelmente inaugura uma série de co-edições entre a Universidade Federal e a Companhia Editora Nacional, num projeto do professor Temístocles Linhares, chefe do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes.
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Luís Eduardo Rodrigues, 37 anos, sócio do escritório de advocacia de Cesar Vieira, acompanhou o autor de "O Elevador" a Curitiba, no último fim de semana, e se entusiasmou com a montagem do texto de seu amigo, por Eloá Rodrigues e Dudu Barreto Leites (Paiol, até domingo em cartaz). Eduardo entrou para o teatro por acaso: há 2 anos, acompanhava o grupo União e Olho Vivo, em uma série de apresentações nas ruas e fábricas de São Paulo e como um ator adoeceu na última hora, entrou "pra quebrar o galho" e acabou ficando com o papel de apresentador da peça "Rei Momo", comédia que possivelmente virá agora para Curitiba. Com "Rei Momo" esteve na Itália, Polônia e França. Sobre "O Elevador" disse: "Um elenco desta qualidade é difícil mesmo em São Paulo". E sobre o Paiol, seu entusiasmo foi ainda maior: "a casa ajudou muito, tem clima mesmo quando está vazia, predispondo o espectador a recepção da mensagem teatral. A acústica é tão boa que quando os atores não falam de frente para o público parece que a voz está em estéreo".
LEGENDA FOTO - Pacheco
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