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Airto Moreira

Artigo em 13.08.1977

Quando um brigadeiro que gostava de boa música, assumiu o comando da Escola de Oficiais Especialistas e de Infantaria de Guarda, há 18 anos, decidiu fazer da banda daquela corporação uma das melhores do país. E para tanto estimulou a incorporação de excelentes instrumentistas - embora nem sempre disciplinados militares na condição de sargentos-músicos. Um deles foi Raul de Souza - o Raulzinho, trombonista de vara, que se destacaria como um dos mais criativos músicos que já passaram por Curitiba.

O Caymmi independente

O mais jovem da musical família Caymmi - Danilo, 29 anos, só agora, apesar de todo o seu talento e prestígio, conseguiu fazer um elepê com 10 músicas próprias. E para isso Danilo investiu Cr$ 120 mil, "que eu não tinha e que estou devendo a bancos", para gravar e prensar as 3 mil cópias de "Cheiro Verde". A exemplo do que fez seu amigo, o pianista e compositor Antonio Adolfo, Danilo partiu para a chamada produção independente.

Em todas as rotações

Impressionante a força de marketing dos Beatles: passados 8 anos da dissolução do grupo, não só cada um dos ex-besouros de Liverpool continua a faturar muito bem, com edições arqueológicas de antigas fitas tornam seus proprietários milionários. Com Ted "Kingsize" Taylor,que em 1962, quando os então desconhecidos Beatles estiveram em Hamburgo, fazendo uma temporada no Star Club, gravou seu minicassete 3 horas de uma das apresentações do conjunto.

Canto do Sul ainda sem vez.

Quando dois instrumentistas que residiram algum tempo em Curitiba e hoje são profissionais de alto destaque nos EUA, retornam ao Brasil, participando do Festival de jazz Rio/Monterrey/ (hoje, encerramento, no Maracanãzinho) - Airto Moreira e Raul de Souza - e que, para rever parentes, devem chegar amanhã a Curitiba, não deixa de ser oportuno se falar novamente nos nossos cantores e músicos em busca de sua vez e hora.

Aqui, Jazz (I)

É possível que não se repita o mesmo que em 1978 - quando o I Festival Internacional de Jazz, em São Paulo, provocou a edição de quase 300 elepês deste genial musical no Brasil - onde a dieta jazzística sempre foi rigorosa, obrigando os aficionados a recorrerem aos discos importados, hoje acima de Cr$ 1.00,00 a unidade. Mas o êxito do II FIJ (Anhembi, maio/80) e o próximo Rio/Monterrey Jazz Festival (Rio Centro, 15 a 17 de agosto), com a presença de grandes nomes, está motivando que as edições jazzísticas se sucedam.

Aqui, Jazz (II)

Se outros méritos não tivesse, a realização do II Festival Internacional de Jazz de São Paulo em maio/80, no Anhembi, já valeria por ter proporcionado que o Público pudesse aplaudir instrumentistas extraordinários como Dexter Gordon, Phil Woods, Mary Lou Willians - além da cantora Betty Carter, entre outros. Artistas dos mais respeitados no mundo jazzistico mas praticamente desconhecidos entre nós.

Som contemporâneo

Muitos são os aspectos que fazem de "Slaves Mass" (WEA Discos Ltda, 36.021, maio/77), um dos mais importantes lançamentos do ano. Em primeiro lugar, por se tratar do segundo [álbum] de um dos mais criativos instrumentistas já aparecidos no Brasil que chega às lojas de nosso país: Hermeto Paschoal.

Opções múltiplas que acompanham o festival

Na próxima quinta-feira, 24, inicia-se em São Paulo, o II Festival Internacional de Jazz, em São Paulo, no Parque Anhembi, reunindo, alguns nomes dos mais expressivos nomes do jazz contemporâneo - das diversas correntes, integrando-se em "summits" (encontros de executantes de um mesmo instrumento), que deverão serem apreciados por milhares de pessoas que comparecerão ao Parque do Anhembi, onde, a exemplo do I FIJ (setembro/78), se realizarão as sessões, a tarde e noite, com vários eventos paralelos.

Aqui, Jazz

O II Festival Internacional do Jazz, que hoje se encerra no Anhembi, em São Paulo, motivou o aparecimento de um novo pacote de discos do gênero, como comentamos na semana passada. Antes de registrarmos o que saiu agora - afora o primeiro suplemento da ECM, distribuído pela WEA - temos ainda a registrar alguns importantes elepes jazzísticos, colocados na praça há algum tempo, mas que não podem ser esquecidos pelos colecionadores.
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