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Airto Moreira

No campo de batalha

Marcelo Marchioro, ex-diretor do Teatro Guaíra, primeiro curitibano a se interessar pelo trabalho de Philip Glass (no ano passado, na Holanda, passou 5 horas num teatro de Amsterdã, assistindo "The Civil Wars"), estava eufórico na abertura do Free Jazz. Após a estréia de "O Tempo e a Vida de Carlos S. Carlos", texto e direção de Emílio Di Biase, no Teatro Anchieta, os dois conseguiram chegar a tempo ao Anhembi e aplaudir Glass. xxx

A explosão Free Jazz Festival

São Paulo - O III Free Jazz Festival, que se encerra neste domingo com uma reunião de ritmos brasileiros (Cama de Gato), americanos (Lee Ritenour) e africanos (King Sunny Ade) que se estenderá até a madrugada de segunda-feira - pois, afinal, participações incríveis devem acontecer, na própria liberdade que um evento desta natureza possibilita - confirmou o interesse crescente do público pela velha música que, com o nome genérico de jazz, se espalha por várias praias sonoras.

As personalidades do Free Jazz

Qual o melhor momento do Free Jazz Festival? Independente da pesquisa que a Data/Folha promoveu durante o Festival, o fato é que as opiniões variavam conforme a faixa etária de cada entrevistado. Entretanto, dificilmente alguém deixou de se entusiasmar por dois momentos de maior criação-novidade trazidas nesta terceira edição: Philip Glass Ensemble, com sua música absolutamente fugindo as adjetivações (será new age? Será minimalismo? será música para ópera?) e, especialmente a Gil Evans Orquestra, que era a mais aguardada das apresentações.

O som que agrada muitos paladares

O Free Jazz trouxe estrelas consagradas e reconhecidamente identificadas ao tradicional - como a cantora Sarah Vaughan e o baterista Art Blakey, que à frente do seu Jazz Messengers vem, há mais de 30 anos, revelando alguns dos maiores talentos da música americana. Houve também a oportunidade de, pela primeira vez no Brasil, se conhecer uma orquestra que foge das convenções tradicionais - a de Gil Evans, que afora (poucas) gravações, limita suas apresentações na Sweet Basil, um dos mais fechados clubes de jazz em Nova Iorque.

Arte de saber quem toca o que no jazz

Corre a lenda nos meios jazzísticos de que um dia o crítico e pesquisador José Domingos Raffaeli, 60 anos, foi chamado por um executivo de uma gravadora que lhe entregou algumas fitas, recebidas do Exterior, para que identificasse do que se tratava - para uma possível edição.

Sigma Jazz Group, o calor e o frio

"Prezada dona Broca, este é um aviso prévio. Assinado Eduardo Guy de Manuel". Este bilhete foi deixado, assim subscritado, ao dentista José Carlos Misceli que tornou-se popular em Curitiba por deliciar os passantes da Boca Maldita com um solitário som de jazz vindo das alturas do prédio onde está seu consultório. O signatário é presidente da Sigma/Dataserv. Estava nascendo, através do bem-humorado recado, o Sigma Jazz Group.

Sérgio Mendes, agora o som do "Brasil 88"

O sucesso e a fama custam caro. Vencer nos Estados Unidos, "onde o primeiro é o primeiro, o segundo é nada" tem feito muitos brasileiros que encontraram, a duras penas, o seu espaço americano, sofrerem as mais maldosas críticas no Brasil. Os que aqui ficaram, não perdoam que Sérgio Mendes, Eumir Deodato, Laurindo Almeida, o falecido Bola Sete, Airto Moreira, Manfredo e tantos outros que preferiram os Estados Unidos, acusando-os de "diluidores" da MPB, entreguistas sonoros etc.

Aqui, Jazz IV

Há três anos, num domingo, apresentou-se no auditório da Reitoria, o pianista Horace Silver a frente de um extraordinário quinteto. Produzido pela admirável Gaby Leib, o concerto foi, em nossa opinião, um dos grandes eventos jazzisticos já oferecidos aos curitibanos, mas, mesmo assim, foram raros os que souberam aplaudir os instrumentistas na dimensão que eles mereciam (houve mesmo pessoas que deixaram a sala durante o concerto). É que Horace Silver não era - como ainda não é - um nome popular no Brasil.

Discos do Ano

Para alguns, de informação, talvez Cesar Camargo Mariano, 33 anos, paulista da Praça da Sé, seja conhecido apenas como o maestro e pianista que acompanha Elis Regina, com quem está casado há alguns anos. Entretanto, para quem acompanha a MPB sabe que Cesar - cujos pais residem no Norte do Estado, é um dos mais competentes instrumentistas brasileiros da nova geração.
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