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Jorge Durán

Os roteiristas e seu trabalho

Não é comum a possibilidade de reunir cineastas-roteiristas que, nestes últimos anos apresentaram trabalhos do vigor de "Sargento Getúlio" (do romance de João Ubaldo) e "Fronteiras das Almas" (exibido na terça-feira, 6, Lido I) como Hermano Penna; Pedro Jorge de Castro, que levou a tela um dos mais belos contos de Herman Lima ("Tigipió"); Jorge Duran, que antes de fazer o seu primeiro e elogiado longa "A Cor de Seu Destino" (em exibição no cine Ritz, 2ª semana) já vinha, há 12 anos, trabalhando como roteirista no Brasil; a crítica Pola Vartuck, de "O Estado de São Paulo" e nome de ma

No campo de batalha

Os filmes de longa-metragem programados para o Festival de Fortaleza são tão novos que alguns estão saindo diretamente do laboratório. Na manhã de terça-feira, o diretor Pedro Jorge ainda não tinha a confirmação de que a cópia de "Sonho de Valsa", de Ana Carolina, estaria sonorizada a tempo para ser exibida na noite de sexta-feira. Se não chegar, será substituída por "A Cor do Destino", de Jorge Duran, grande premiado no Festival de Brasília no ano passado. xxx

No campo de batalha

A premiação de "A Classe Roceira", de Berenice Mendes, foi significativa porque estavam em competição curta-metragens de altíssima produção. "S.O.S. Brunet", de Betse de Paula (filha do cineasta Zelito Viana), por exemplo, é uma realização sofisticada, com nomes famosos (Carlos Gregório, Antônio Pedro, a modelo Luiza Brunet) no elenco, música de David Tyguell e ótima fotografia. Nem por isto conseguiu qualquer premiação. xxx

E nos curtas estão os grandes temas sociais

Enquanto os longa-metragens ganham uma natural promoção pelo fato de fazerem carreiras comerciais, os curtas e médias são, infelizmente, condenados a um tratamento perverso. Representam o esforço de realizadores que se empenham em levar à tela as visões dos mais diferentes aspectos da realidade - ou mesmo na ficção (embora seja difícil contar uma estória no limite de 15 minutos), são produzidos com inúmeras dificuldades (especialmente financeiras) e, no final acabam ficando restritas e exibições confinadas no circuito paralelo, sem chegar ao grande público.

Haja tempo para tantos programas

Como se não bastasse a excelente e diversificada programação da I Mostra do Cinema Latino Americano do Paraná (cine Lido I, e auditório da Biblioteca Pública, a partir de domingo), há ainda atrações especiais no circuito comercial - sem falar na Cinemateca. É aquela velha história: há meses de indigência cinematográfica e, de repente, uma torrente de opções - tornando impossível ao cinéfilo acompanhar toda a programação. Claro que a primeira fica para a Mostra Latino-Americana: são longas, curtas e médias inéditos - alguns dificilmente terão relançamento.

O nosso cinema vigoroso, atuante sempre presente entre os melhores

Os espectadores (e mesmo críticos e pesquisadores) mais xenófobos sonham com o dia em que a página dos Melhores do Cinema possa ser elaborada somente com filmes brasileiros. Afinal, apesar de todos os problemas que existem há 90 anos para quem tenta fazer cinema no Brasil, a nossa produção cresce em quantidade e qualidade.

Público ainda distante do bom cinema nacional

Com exceção dos Trapalhões e da reprise de "Um Caipira em Bariloche", com Mazzaropi (agora disponível também em vídeo), as bilheterias dos filmes nacionais lançados em 1987 em Curitiba foram insignificantes. Refletindo uma realidade nacional, o cinema brasileiro não teve boa performance comercial, apesar da qualidade de muitos filmes em exibição. Assim, se depender do mercado interno, só mesmo filmes como dos Trapalhões e "Eu", de Walter Hugo Khouri, conseguem se pagar e oferecer lucro aos investidores.

As melhores rendas ainda são pequenas

A Embrafilme distribuiu a relação dos filmes brasileiros com melhor performance em 1987, considerando inclusive lançamentos feitos no final de 1986. Confirma, oficialmente, aquilo que já era conhecido: a péssima performance em termos de bilheteria do cinema nacional no ano que passou. xxx
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