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Festival de Gramado levará filmes para nove capitais

Uma novidade absoluta em termos de marketing festivalesco: pela primeira vez no Brasil (e talvez até no mundo) os filmes inéditos que concorrem numa mostra serão vistos, simultaneamente, em sessões comerciais em nove outros Estados. A novidade acontece no 17º Festival de Gramado (11 a 17 de junho), com a apresentação dos seis longas que ali disputam os Kikitos, também em salas do Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Belo Horizonte, Recife, Florianópolis, Salvador, Belém e Curitiba (Lido II, 320 lugares). xxx

Festival de Gramado em exibição nacional

Desde ontem o Festival de Cinema de Gramado deixou de ser um privilégio dos que vão à paradisíaca (e gelada) cidade serrana gaúcha. Numa iniciativa inédita em termos de festivais cinematográficos, a Embrafilme e a comissão organizadora daquele evento decidiram democratizar os longas em competição: assim, os filmes estão sendo apresentados simultaneamente em cinemas de nove capitais (Curitiba, Cine Lido II, 5 sessões), para que o público interessado possa, também em primeira mão, analisar a produção selecionada para disputar os Kikitos - o troféu que simboliza o festival.

Curtas e médias têm garantido seu espaço

Se os seis longas em competição neste 17º Festival de Cinema estão sendo vistos em nove capitais - num projeto inédito de democratização cultural (e ao mesmo tempo uma grande jogada de marketing, para aproveitar a promoção natural que é dada ao cinema brasileiro nesta semana), os curtas e médias que também disputam os troféus Kikito vão demorar para chegar aos circuitos comerciais. Alguns - ao menos os que foram rodados em 16mm - talvez nem cheguem.

Estão no laboratório os candidatos para Gramado

Dos sete filmes que estão prontos e em lançamento pela Embrafilme neste semestre, apenas dois são inéditos o suficiente para justificar sua participação no XVIII Festival do Cinema Brasileiro de Gramado: "A Faca de Dois Gumes", de Murilo Salles, baseado na novela de Fernando Sabino, com Paulo José, José Lewgoy, Marieta Severo e José de Abreu e "Jardim de Alah", de David Neves.

Os filmes brasileiros para 1989 / Cineastas preparam lote para 89, apesar do péssimo 88

O curitibano Mauro Alice, considerado um dos melhores montadores do cinema brasileiro (há dois anos, em Los Angeles, fez a edição de "O Beijo da Mulher Aranha", de Hector Babenco), encontra-se há mais de um mês no Rio de Janeiro, dando a forma final ao novo filme de Sérgio Resende - "Eu sem juízo, ela doida demais". Depois de "O homem da capa preta" (1986), Resende volta-se a uma ficção, rodada em Barreiras, rica cidade no Interior da Bahia (graças a cultura de soja), na região dos garimpos da Amazônia matogrossense e ainda no Rio de Janeiro.

Na Caixa, vídeos dos vanguardistas

Cineasta de vanguarda, autor de um longa tão famoso quanto inédito ("Tristes Trópicos"), Arthur Omar foi quem, no II FestRio, na tumultuada sessão da madrugda em que Caetano Veloso exibia, pela primeira vez, o pretensioso "O Cinema Falado", teve a coragem de dizer que "o rei está nu" e que a proposta do compositor baiano, travestido de vanguardisa das imagens, já era déjà vu.

Cabaré mineiro com poesia de Drummond

Desde "Perdida", Carlos Alberto Prates Correia, 48 anos, mineiro de Montes Claros, vem realizando um cinema extremamente ligado ao seu Estado. Em 1981, com "Cabaret Mineiro", inspirado livremente num poema de Drummond, conquistou os principais prêmios do 9º Festival do Cinema Brasileiro de Gramado: filme, direção, ator, atriz, atriz coadjuvante (Tamara Taxman), fotografia (Murilo Salles), montagem e trilha sonora (Tavinho Moura). Em 1984, voltaria a conquistar vários prêmios em Gramado com outro filme extremamente mineiro: "Noites do Sertão", baseado desta vez em Guimarães Rosa.

Astor fecha, mas o "Cárcere" continua

APESAR da excelente bilheteria que vem fazendo (a maior do ano, em termos de cinema nacional), "Memórias do Cárcere" tem, hoje, suas últimas três exibições, no Cine Astor. Entretanto, continua em cartaz na cidade, agora em sistema road-show, no Cinema I, ou seja, enquanto houver público, estará sendo apresentado, assim como aconteceu com "Retratos da Vida" (Les Uns et Les Autres, 81, de Claude Chabrol), que bateu todos os recordes em Curitiba, permanecendo seis meses em cartaz. xxx

Sentimentos profundos

Em abril último, logo após a projeção de "Nunca Fomos Tão Felizes", no Festival de Cinema de Gramado, RS, Murilo Salles nos contava que se havia uma grande influência/homenagem na sua fita, era, sem dúvida Elia Kazan, e, especialmente, "Vidas Amargas" (East of Edem, 1954). No comentário que publicamos, enviado do Festival, registramos esse detalhe, enquanto toda a imprensa nacioanl, ali representada, embora colocando a produção nas alturas (e lhe conferindo, ao final, o prêmio de melhor filme), não se lembrava de salientar esse posicionamento de Murilo.

O trimestre dos festivais

Espremido entre dois eventos intenacionais, o de São Paulo, iniciado no último dia 15, com uma intensa programação de filmes importantíssimos (muitos dos quais jamais chegarão aos circuitos comerciais) e o I Festival Internacional de Cinema, TV e Vídeo do Rio de Janeiro (Hotel Nacional, 18 a 27 de novembro), ao XVII Festival de Brasília, que a Fundação Cultural do Distrito Federal promoveu na semana passada, não conseguiu a mesma repercussão das edições anteriores.
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