Baratear ingressos, política que dá certo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de junho de 1980
Um numeroso público lotou todas as apresentações de << A Ópera do Malandro >>, de Chico Buarque de Hollanda, no último fim-de-semana, no Guairão. E os ingressos para a única apresentação de Mikhail Baryshnikov e Sandra Rodriguez, na noite de 14 do corrente, está se esgotando - pois está será a penúltima vez que o superstar das sapatilhas dança no Brasil (na noite seguinte, despede-se apresentando-se no Hotel Nacional, Rio, com ingressos a Cr$ 6 mil). Em Curitiba, os ingressos estão os mais baixos do Brasil - o que levou a inúmeras discussões entre a FTG/Secretaria da Cultura e do Esporte com o astuto empresário Marcos Lázaro. Assim, se há ingressos a Cr$ 2.500,00, também estará à venda uma certa quantidade a Cr$ 400,00. Para evitar explorações e mercado paralelo, está sendo montado um esquema especial de vendas, sem reservas (e sem convites especiais).
Apesar da concorrência artística, José Maria Santos está tendo bom público no auditório Salvador de Ferrante, com sua comédia << Lá >>, de Sérgio Jockymann. Ultrapassando as mil apresentações em 9 anos, o bom Zé Maria prova a resistência dos espetáculo. E somente hoje, às 21h30min, no grande auditório, um concerto cuja importância nunca é demais destacar: << Vivaldi & Pixinguinha >>. Direção de Hermínio Bello de Carvalho, reunindo a Camerata Carioca e o pianista-maestro Radamés Gnatalli, numa estréia de um programa que vai de Vivaldi a << São >> Pixinguinha. Um espetáculo único, com ingressos a partir de Cr$ 70,00. (AM)
Enviar novo comentário