CINEMA
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de março de 1973
em nosso pequeno mundo de artes visuais, é raro aparecer um nome novo, ainda não conhecido dos iniciados nas vernissages, de nossos poucos colecionadores e dois ou três críticos mais sérios. Por esta razão, palmas aos irmãos Max, Manoel e Gilberto Rosemann, proprietários de uma das mais prosperas joalheirias da cidade e também colecionadores de bom gosto, que descobriram um novo artista plástico, com uma obra que decidiram não só patrocinar a sua primeira individual, mas como também entregar-lhe a direção de uma mini-galeria de arte que instalarão na Rua XV, na sobreloja da joalheiria, LORENZO CAVALCANTI, um alagoano que mora no Paraná desde 1938, é este artista-revelação, com um estilo muito pessoal, admirado e elogiado por pessoas exigentes que já tiveram ocasião de conhecer os seus trabalhos. Durante 2 anos funcionário do Moinho Paranaense - do qual chegou a gerente nos últimos anos, Cavalcanti sempre foi um apreciador das belas artes. Após uma grave enfermidade, quase que por terapia, Cavalcanti passou a pintar e, incentivado pelo professor Nelson Luz - um dos mais conhecidos teóricos de nossas artes visuais - aprontou mais de 30 quadros, que agora vai mostrar em sua primeira individual. Aos 48 anos, casado, 4 filhos, Lorenzo encontrou na pintura não só um hobby, mas também um "reencontro espiritual", como diz outra de suas grandes incentivadoras - a pintora Vitorina Teixeira. "O que eu quero é mostrar um pouco do que sinto, não importa em que escola ou influencia possam "descobrir" nos meus trabalhos".
Enviar novo comentário