Fontoura será o vampiro do Rio
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 07 de julho de 1987
Desde que chegou ao Rio, em 1º de abril de 1964, Ary Fontoura, 60 anos, fez carreira como ator, embora tivesse deixado em Curitiba um grande trabalho como diretor da Sociedade Paranaense de Teatro, sem contar seus tempos de amador desde a adolescência no Colégio Estadual do Paraná. Época em que tinha como colega de palcos o garoto René Ariel Dotti, hoje o poderoso secretário da Cultura.
Agora, consagrado ator global, bilionário graças a 20 anos de trabalho diuturno - gravando novelas e fazendo teatro (atualmente, é um dos principais intérpretes de "Sábado, Domingo, Segunda", de Eduardo de Felippo, no Teatro dos Quatros, Shopping Center Gávea, Rio de Janeiro), Ary voltará à direção. E volta em grande estilo: contratado pelo produtor Habib Takla fará a montagem carioca da peça "Drácula", que teve encenação em São Paulo com Raul Cortez e Carla Camuratti.
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Na montagem paulista, a direção foi de Gianni Ratto. Curiosamente, o produtor Takla ao invés de simplesmente levar para o Rio a encenação feita na Capital paulista, preferiu uma remontagem com nova direção - Ary, elenco diferente e exigindo também uma outra linha, carregando no humor na linha besteirol. Ary será também intérprete, ao lado de Luís Fernando Guimarães e Lídia Brondi nos papéis centrais.
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O intérprete ideal para o personagem Drácula seria outro curitibano: Ariel Coelho. Afinal, foi ele o ator na montagem que o falecido Antônio Carlos Kraide aqui dirigiu, há 8 anos, da versão que Eddy Antônio Franciosi fez sobre o personagem criado por Bran Stocker - e que já teve mais de 200 diferentes adaptações para o teatro e o cinema.
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