O sucesso da OSB
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de agosto de 1984
Foi instantâneo! Nem bem os 85 músicos da Sinfônica Brasileira haviam dado o último acorde do "Bolero" de Ravel e, como numa ordem unida, os 2.500 espectadores que superlotavam o Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto ficaram em pé, aplaudindo durante vários minutos o maestro Isaac Karabitchevski e a OSB. Um número extra foi insuficiente: após "O Guarani", o público queria mais, Insistiu. E, assim, houve ainda a "Bachiana n 4", de Heitor Villa-Lobos. E, se dependesse da vontade dos espectadores o concerto se estenderia mais uma hora.
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A saida, o diretor executivo da Fundação Teatro Guaíra, Oracy Gemba, comentava:
- "É ! Realmente há um público entusiasta por boa música".
Depois da apresentação dos "Meninos da Bulgária", o concerto da Orquestra Sinfônica Brasileira, com patrocínio do Crefisul, mais uma vez lotou o grande auditório do Guaíra. Só mesmo com apoio de uma organização financeira poderosa como o grupo Crefisul - e a sensibilidade dos irmãos Gregori para projetos culturais - a OSB pode, pela segunda vez, excursionar pelas principais capitais brasileiras.
A exemplo do que aconteceu no ano passado, uma reclamação: uma única apresentação é pouco. Os ingressos ficam limitados aos privilegiados clientes da Crefisul/City Bank e milhares de espectadores que pagam impossibilitados de assistir a uma exibição da grande Sinfônica Brasileira. Por isso, para 1985, na terceira edição desse programa cultural, Oracy Gemba quer convencer a Crefisul a programar duas apresentações da OSB: uma para convidados, outra para o público em geral.
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