Descrição do Projeto
Conhecer o folclore em torno de João Gilberto, rever quem concorreu e venceu nos diversos festivais do Brasil, tanto nos de cinema como Gramado, quanto nos de música como os nacionalmente reconhecidos Prêmio Sharp e Festival Carrefour ou os regionais e nativistas como o Fercapo. E que tal esticar numa viagem ao glamour de Hollywood revivendo a história do Oscar, seus indicados, vencedores e injustiçados?
Das denúncias que fazia em sua cidade natal, Curitiba, à defesa e difusão da nossa MPB em âmbito nacional, passando pela divulgação das obras primas de Woody Allen, Federico Fellini ou Akira Kurosawa - mestres cada um ao seu estilo da fascinante sétima arte.
E porque não compartilhar a sua paixão pelo jazz de Chet Baker, pelas canções de Tom Jobim, ou pela voz mellow de Ella Fitzgerald e Louis Armstrong? Os quadros de Juarez Machado, as primeiras notícias sobre o teatro essencial de Denise Stocklos, os poemas e letras de seu eterno ídolo Vinícius de Moraes: este é o Tabloide de Aramis Millarch!
O nosso objetivo principal, com o Tabloide Digital, é transformar em formato digital a maior quantidade possível dos textos redigidos por Aramis Millarch permitindo, assim, a preservação de parte da nossa memória cultural.
Aramis Millarch publicou diariamente sua coluna Tabloide por mais de 30 anos, além de contribuir para quase duas dezenas de outros periódicos. No final iremos formar um banco de dados de aproximadamente 50.000 artigos digitalizados. E para isto precisamos da sua ajuda!
Mas pretendemos ir além ! O Tabloide Digital utilizará recursos multimídia para mostrar uma seleção das mais de 5.000 entrevistas realizadas pelo jornalista, com trechos dos encontros com personalidades como João de Barros, Rosa Maria, Gilberto Gil, Egberto Gismonti, Lúcio Alves, Olivia e Francis Hime, Zuza Homem de Mello, Walter Hugo Khoury, Helena Kolody, Paulo Leminski, Marina Lima, Ivan Lins, Carlos Lyra, Tito Madi, Angela Maria, Herivelto Martins, Maysa, Miucha, Zezé Motta, Paulinho Nogueira, Flora Purin, Airto Moreira, Flávio Rangel, Elis Regina, Roberto de Regina, Paulo Tapajós, Elifas Andreato, Arrigo Barnabé, Norma Bengell, João Bosco, Ana Botafogo, Elizeth Cardoso, entre tantos outros; além de fotos e demais materiais gráficos significativos, como gravuras e autógrafos.
A ideia é também analisar o ofício de jornalista: digitalizaremos cartas com relevância histórica como o aviso de demissão que recebeu do jornal Última Hora em função do fechamento daquele veículo com o AI-5.
A enorme quantidade de correspondência que Aramis mantinha com diversos artistas e personalidades será, da mesma forma, registrada. Que tal apreciar, ao lado de uma carta de Elis Regina ou Paulinho da Viola contado sobre o show que iriam realizar em breve, a matéria sobre o assunto que o jornalista publicou dias depois na imprensa?
Veremos, então, o fluxo da informação, a diferença entre um simples release e o valor acrescentado à informação através da pesquisa , instruindo, de fato, o leitor. Anos antes dos grandes jornais de circulação nacional definirem como norma a inclusão da datas de nascimento e morte das pessoas citadas, Aramis já o fazia em seus artigos.
Ao falecer, em julho de 1992, ele estimava ter citado aproximadamente 100.000 pessoas em suas colunas, entretanto levando em conta a digitalização que realizamos até o momento, acreditamos que a versão final do Tabloide Digital deverá superar este número. Será, portanto, também uma enciclopédia biográfica, não sob a ótica de um historiador, mas sim a visão de um cronista diário que viveu e divulgou com paixão toda forma de expressão da nossa cultura.
Em síntese, será uma obra de referência única em seu conteúdo, explorando todos os recursos tecnológicos disponíveis. Este projeto é, na verdade, inspirado na constante preocupação do próprio Aramis com a preservação da informação