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Sérgio Mendes, agora o som do "Brasil 88"

O sucesso e a fama custam caro. Vencer nos Estados Unidos, "onde o primeiro é o primeiro, o segundo é nada" tem feito muitos brasileiros que encontraram, a duras penas, o seu espaço americano, sofrerem as mais maldosas críticas no Brasil. Os que aqui ficaram, não perdoam que Sérgio Mendes, Eumir Deodato, Laurindo Almeida, o falecido Bola Sete, Airto Moreira, Manfredo e tantos outros que preferiram os Estados Unidos, acusando-os de "diluidores" da MPB, entreguistas sonoros etc.

Diário de Gramado

As apresentações dos artistas, diretores e técnicos no palco do Cine Embaixador estão tendo este ano uma nova forma: os mestres de cerimônias, Clóvis Duarte e Tânia Carvalho, entrevistam as personalidades chamadas ao palco e há cenas que parecem saídas de um filme surrealista ou dos antigos programas de Hebe Camargo. Na noite de abertura, por exemplo, Ivon Curi, convidado a contar uma piada, não teve dúvidas: sapecou uma pesadíssima anedota de gaúcho que provocou reações surpreendentes até nos mais liberais. xxx

Nara, musa também no Japão, em som digital

Esses japoneses são incríveis. Com seus aparelhos maravilhosos invadiram o mundo dos sons & das imagens e com sua língua complicadíssima dão uma lição de absorção musical: tudo que existe de som com qualidade faz sucesso naquele País. Egberto Gismonti, que anualmente vai ao Japão, nos contava há alguns anos, que o mesmo público que lota um show de heavy metal é capaz de, duas horas depois, comparecer circunspecto num concerto sinfônico e, na madrugada, aplaudir uma banda de jazz numa boate. Tudo com o mesmo entusiasmo.

Eliana, afinal um grande disco

Uma prova de quando é importante um bom produtor na carreira de uma cantora é o último elepe de Eliana Pitman, Filha (adotiva do admirável Booker Pitman (1909-1969) ao lado de quem iniciou sua carreira de vocalista nos anos sessenta, tendo como empresária uma das figuras mais famosas do folclore musical brasileiro, a vigilante supermãe Ofélia, que da ternura do personagem de Shakespeare só tem o nome, Eliana sempre teve boas oportunidades. Nunca lhe faltaram bons contratos e chances para se afirmar como show-woman.

Artigo em 20.02.1975

Do ator Sale Wolokita, superintendente da Fundação Teatro Guaíra, entusiasmado com a estréia amanhã, no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, do oratório "Messias", de Handel, apresentado (pela primeira vez no Paraná) com os corais Palestrina e da UEG, num total de 70 vozes: - O meu povo (israelita) espera há 5 mil anos pela vinda do Messias. Eu, felizmente, antes de deixar o Guaíra, consegui trazê-lo a Curitiba.

Natal com Carmen

Como dizia Gilberto Gil, louve-se a quem merece ser louvado: Oracy Gemba teve a mais feliz das idéias para comemorar o 6º aniversário do Paiol, cuja direção artística assumiu. Um espetáculo com Carmem Costa interpretando hinos, louvados & ladainhas, na mesma linha de recitais que a maravilhosa vocalista fez, há 3 anos, no Outeiro da Glória, no Rio de Janeiro, com produção dos jornalistas Antonio Chrisostomo e Arthur Laranjeiras e, posteriormente, repetido em São Paulo, na TV-Cultura e em Brasília.

Nesta semana do Free Jazz, o melhor do novo e antigo

O sucesso da terceira edição do Free Jazz Festival (Hotel Nacional, Rio de Janeiro, até amanhã; São Paulo, Anhembi, de 8 a 13) trouxe, naturalmente, o maior impulso as gravações de jazz, repetindo-se o que havia acontecido em 1978, quando do I São Paulo - Montreaux Jazz Festival, que engordou o mercado jazzístico nacional com mais de cem exemplares - infelizmente o mesmo não repetindo-se nos eventos posteriores.

Um violão, uma flauta & muito talento

Num país de pianistas e violinistas como o Brasil, os executantes de metais são raros. Pela falta de condições profissionais, inexistência de um mercado estimulante e criatividade instrumental, os saxofonistas, pianistas, clarinetistas, trombonistas e flautistas escasseariam. Não só no plano regional, mas mesmo em termos nacionais, onde, por exemplo, dá para se contar nos dedos os flautistas do 1.º time - como mestre Copinha, o veterano Altamiro Carrilho, ou os jovens Franklim ou Sando (ex-Quinteto Violado).

Canto feminino (1)

Num mesmo suplemento (maio/77), a Odeon presenteia os apreciadores da melhor MPB com a apresentação de quatro dos maiores talentos femininos deste nosso. País: Claudete Soares, Márcia Dóris Monteiro e Rosinha de Valença - nomes que falam por si mesmo. Como o melhor vinho, Dóris (Adelina) Monteiro, 43 anos, 26 de carreira (começou em 1951, cantando na Rádio Guanabara e fez seu primeiro disco, com "Se Você se Importa", na Todamérica) é daquelas cantoras cada vez mais coerentes.
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