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João Gilberto

As novas da Phonogram

JAIR RODRIGES JAIR está preparando um novo disco a ser lançado em novembro. As músicas serão de IVAN LINS (As minhas leis), BENITO DE PAULA (Amanhã vai ser bom), ZUZUCA (Credo Cruz), VICENTE M. BARRETO (De onde vêm essa nêga?), EDIL PACHECO e JAYME (Abra o sorriso novamente - uma marcha rancho), ALBERTO LUIZ (A vassoura) e CATULO DA PAIXÃO CEARENSE (Luar do Sertão - com um arranjo novo e que será acompanhado pelo QUINTETO VIOLADO). A produção será de MAZOLA e os arranjos de CEZAR MARIANO e ZE ROBERTO. CHICO

Brasil, violão & talento.

'Entendo por violão brasileiro isso que Villa-Lobos e João Pernambuco - fundamentalmente esses escreveram para violão. A história da popular, foi de uma certa forma escrita em seis cordas: novas estéticas e tendências foram inicialmente conduzidas por um Donga, Sátiro Bilhar - passando depois por Garoto, Bonfa, Badem - sem esquecermos Canhoto da [Paraíba], Othon Salleriro, Dino, Meira. Na fase pós-bossanovista de João Gilberto vieram Edu, Milton Nascimento, Gil, Gismonti, Paulinho da Viola - e não há porque esquecer, no campo erudito, esse extraordinário Turibio Santos'

Os discos da Continental

TRIO IRAKITAN Pode-se dizer que o Trio Irakitan acompanhou e atravessou quase todas as fases de renovação da moderna música popular brasileira. Formado em 1950, por João Costa Netto, Paulo Gilvan e Edson França, eles se preocupam desde o início em pesquisar a nossa mais pura música regionalística (baião, frevos, etc) alastrando-se até o nosso samba propriamente dito, na sua faceirice e musicalidade de então.

Os bons baianos e a suave nostalgia de Jards Macalé

São muitos, e sérios os motivos que nos fazem admirar, como muitos outros brasileiros, o cantor-compositor Paulinho da Viola. E ao seu talento de criador de algumas das mais belas músicas de nosso cancioneiro, belíssima voz, trabalho de produtor que busca valorizar gêneros musicais que estão injustamente esquecidos - como o choro, ou dando uma promoção nacional a anônimos (e maravilhosos) compositores dos morros cariocas, soma-se também a uma salutar influência sobre muitos artistas jovens, que no contato com o seu trabalho tem encontrado novos (e positivos) caminhos para a MPB.

Toquinho e Vinicius e as férias baianas de Gil/Gal/Caetano.

O lp de Vinicius & Toquinho na Phonogram há muito vinha sendo aguardado. Contratado em 1968 pela RGE, de São Paulo, Toquinho levou para aquela gravadora o seu amigo e parceiro Vinicius de Moraes, fazendo uma série de lps alegres, felizes, descompromissados - com a participação de outros artistas (Marilia Medalha, Maria Creuza, Ciro Monteiro) e influindo, diretamente, nos lps individuais de Maria Medalha e Maria Creusa.

O MPB nos anos 60 (III) - boa audição panorâmica:

Ao lado da bem ordenada série "Edições Históricas", cuja análise prosseguiremos amanhã, a Phonogram edita também um agradável e oportuno pot-pourri de algumas das melhores músicas surgidas nos anos 60, neste momento em que talvez por falta de valores mais autênticos de uma nova geração, volta-se - em tão boa hora - para as coisas boas que ocorreram com nossa música popular na última década.

O eruditor-popular de Gismonti e a grande ternura de Johnny Alf.

"Se Vinícius de Moraes existe tudo é permitido". (Nelson Rodrigues) Se não fosse um dos três maiores poetas deste País, excelente compositor e grande amigo, Vinícius de Moraes já estaria na história de nossa MPB pôr um fato: o de ter libertado o compositor da necessidade de boa voz para poder interpretar suas canções. Há dois anos, ao longo de um Shevas o Regal, o poetinha confessava: "Eu comecei a cantar somente para dar as minhas músicas a interpretação que eu achava que elas mereciam. Só por isso..."

Música

Em julho do ano passado, saindo da direção da Rádio ornal do Brasil, o jornalista Antônio Chrisostomo ingressava na RCA Victor, auxiliando a Severino Filho (ex-Os Cariocas) na produção de um novo disco de Nelson Gonçalves: << Quando a Lapa era Lapa >> (Victor,... 103.0060). Utilizando a bela voz de Nelson, Chrisostomo/Severino, procuraram valorizar o seu trabalho, apesar do comprometimento de cinco das 13 músicas serem ainda de Adelino Moreira, compositor que marcou (e prejudicou, em termos artísticos), a longa carreira de Nelson Gonçalves.
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