Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS Louis Malle

Louis Malle

O som orquestral, os blues e o punk em três boas trilhas

As trilhas sonoras chegam mais uma vez na praça. Desde filmes ainda inéditos - como "A Encruzilhada", com a guitarra triste de Ry Cooder (revelação no Brasil pela música de "Paris Texas") ao aperitivo, em mix, da trilha que o parananese Arrigo Barnabé fez para "Cidade Oculta", na qual também é ator. Para os que têm mais de 60 anos, uma raridade: canções das velhas operetas estreladas por Jeanette MacDonald e Nelson Eddy. Já Nana Mouskouri, com "Only Love", da trilha da minisérie "Quando Pinta o Amor", ganha destaque ao aparecer também na banda sonora de outra produção de televisão.

A saga de "Spartacus" e outros bons best-sellers

Romancista dos mais vigorosos em termos sociais - não foi à toa que esteve na lista negra do senador Joe McCarthy (1908-1957) e foi perseguido pelo Comitê de Atividades Antiamericanas nos anos 50, Howard Fast tem no mínimo uma obra-prima: "Spartacus". Visão profundamente social e política do gladiador-escravo que levantou milhares de escravos contra os romanos, Spartacus ficou como símbolo da resistência.

Um western vietcongue na baia dos texanos

Embora em seus respeitáveis 30 anos de cinema Louis Malle tenha experimentado os mais diferentes gêneros cinematográficos - do erotismo de "Os Amantes" a descida nos infernos na solidão em sua obra-prima, "30 Anos Esta Noite" (Le feu follet), só por uma vez - e assim mesmo na base da sátira - animou-se pelos caminhos de um semi-western: "Viva Maria", rodado no México, com Brigitte Bardot e Jeanne Moreau.

Refilmagem daquilo que os franceses acertaram

Já tendo reverenciado a Federico Fellini ("Alex in Wonderland", há 17 anos, inclusive com a participação do homenageado, num filme que devido sua longa e injustificável proibição no Brasil, quando liberado, aqui passou despercebidamente) e Truffaut na sua visão jovem e americana de "Jules e Jim" (Willie e Phil), Mazursky, após uma recente sátira dos desajustes de um dissidente russo nos EUA ("Moscou em Nova Iorque"), optou pela refilmagem de um antigo vaudeville francês: "Boudou sauvé des eaux" de René Gauchois.

A lista de Stanley

Por um extravio de correspondênica, a lista de Stanley de Souza, 31 anos, redator de cinema, não nos chegou a tempo de incluí-la na edição dos melhores de 1986. Apaixonado por cinema, locutor e produtor de programas de rádio e editor do "Jornal do Cinema", Stanley fez as seguintes indicações em sua lista dos melhores filmes lançados em 1986 em Curitiba. 1 - A História Oficial, Argentina, de Luíz Puenzo. 2 - RAN, Japão, de Akira Kurosawa. 3 - Kaos, Itália, de Paolo e Vittorio Taviani. 4 - Quando Papai Saiu em Viagem de Negócios, Iugoslávia, de Emir Kusturica.

Entre as 4 estréias, um ótimo nacional: "A Hora da Estrela"

Após duas semanas praticamente sem estréias, acontecem quatro lançamentos. Um deles, sem favor, a melhor estréia do cinema brasileiro em 1986, consagrada pela crítica, 13 prêmios no Festival de Cinema de Brasília e três distinções no último festival de Berlim: "A Hora da Estrela", de Suzana Amaral (Cine Palace-Itália).

Um western vietcongue na baía dos texanos

Embora em seus respeitáveis 30 anos de cinema Louis Malle tenha experimentado os mais diferentes gêneros cinematográficos - do erotismo de "Os Amantes" à descida nos infernos na solidão em sua obra-prima "30 Anos Esta Noite" (Le Feu Follet), só por uma vez - e assim mesmo na base da sátira - animou-se pelos caminhos de um semi-western: "Viva Maria", rodado no México, com Brigitte Bardot e Jeanne Moreau.

A Estrelha brilha no Palace Itália

Para que "A Hora da Estrela" brilhe com maior fulgor, "A História Oficial" baixou quatro pavimentos. Assim, enquanto o emocionante filme que Suzana Amaral realizou com base em texto de Clarice Lispector estreou no Palace-Itália (Centro Comercial Itália, 6º andar), o também emocionante (politicamente atualíssimo e artisticamente perfeito) "A História Oficial", de Luiz Puenzo, passou para o cine Itália (1º andar).
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br