Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS Sérgio Cabral

Sérgio Cabral

As máximas (inéditas) de Tia Zulmira

Enquanto os livros de Stanislaw Ponte Preta continuam, nove anos após a sua morte (setembro/1968), entre os mais vendidos em todo o País, dois de seus mais queridos amigos, o desenhista Jaguar e o crítico (de MPB) Sérgio Cabral, encontraram algumas dezenas de máximas inéditas da personagem tia Zulmira, reunidas num livro de 110 páginas que, lançado pela Codecri na semana passada, está vendendo como pão quente. São cerca de 300 máximas que representam o resumo da filosofia de tia Zulmira, a sábia e ferina macróbia da Boca do Mato.

Um nome para o PDR

Se até agora o ex-vice presidente da República Pedro Aleixo não tinha encontrado nenhum paranaense interessado em coordenar no Paraná a criação do Partido Democrático Republicano, eis agora uma dica que poderá resolver este problema: o advogado Alceu Ribeiro de Macedo, 56 anos da turma de 1939 da Universidade Federal do Paraná, Procurador Geral do Estado, ex-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFP, várias vezes cogitados para encabeçar a lista tríplice para a Reitoria, não esconde a sua simpatia pelo movimento em favor da criação de um terceiro partido político.

A importância das reedições (Chico, Nelson, Jacob e outros)

Quando insistimos na importância das reedições, o fazemos pela consciência que temos de que somente se conhecendo e divulgando [os] importantes períodos de nossa música popular poderemos despertar em novas faixas de público (e gerações), o entusiasmo, o amor, o respeito pelos nossos compositores, intérpretes e instrumentistas - durante anos esquecidos e anônimos em seus trabalhos rotineiros em rádios, estúdios, e orquestras de bailes - mas altamente criativos e que só agora, mercê do trabalho de pesquisadores como Ricardo Cravo Albim, J. L.

Os melhores sambas com Cesar e Paulinho em dois ótimos lps.

Quatro cantores compositores - Paulinho Tapajós, César Costa Filho, João Nogueira e Ivan Lins - são uma demonstração vigorosa de quanto talento musical existe neste país. Quatro criadores em estilo diferentes, mas eminentemente brasileiros e honestos em seus trabalhos e que se constituem em candidatos fortes a merecerem a inclusão entre os melhores lps do ano.

Sinatra e Caldas. Dois ótimos discos na praça.

Nunca a falta do cumprimento de uma palavra, de uma promessa foi tão benéfica quando as (in)decisões de Sílvio Caldas e Frank Sinatra, que apesar de anunciarem publicamente suas decisões de "aposentadoria" não resistiram aos chamados de seus milhões de admiradores e voltaram a gravar. Não é heresia musical comparar o Cabocrino querido ao The Voice, muito pelo contrário!

O importante Choro no bandolim de Déo Rian

No meio da diversificação e riqueza da música popular brasileira, uma coisa é certa: o choro é sua manifestação mais elaborada, de maior sentido criador. Tanto em sua estrutura - geralmente em três partes, concebidas em três tonalidades, com amplas variações dentro de cada uma - como em sua forma de execução, na qual a divisão básica de funções instrumentais apoia a liberdade de improvisação, fazendo de cada peça uma nova peça a cada execução.

Musicais

Cartola (Agenor de Oliveira, 66 anos), uma das pessoas mais representativas da música popular brasileira e a quem Paulinho da Viola deve a inspiração de seus melhores sambas, está sendo ouvido desde ontem pela Iguaçu, através de seu primeiro lp, lançamento de Marcus Pereira, em seu excelente catálogo.

A antologia do MPB-4, a [cuíca] de Osvaldinho e os long-play da CBS

Gravado em outubro de 1973, só em junho pode ser lançado o lp do grupo vocal MBP-4 - que assim passou 1973 sem ter o seu habitual lp colocado no mercado, de forma que o público fiel que tanto admira o conjunto teve que se contentar com o único compacto-duplo, onde gravou, entre outros, o belíssimo samba de Eduardo Gudin - "A Velhice da Porta Estandarte".

A boa estréia de Belini e outros jovens de talento

Pequena mas agressiva em termos de competição no mercado fonográfico brasileiro, a RGE/FERMATA, de São Paulo, fundada em fins dos anos 50 por José Scatena e que teve uma fase dourada, quando Benil Santos foi um dos seus mais ativos produtores, está tentando se manter no mercado brasileiro, enfrentando o poderio das fábricas que dispõe de apoio no exterior. Para tanto, em termos de catálogo nacional, está investindo em novos interpretes e compositores, pois foi assim que em 1968 conseguiu contratar um moço chamado Toquinho que só há poucas semanas pode passar para outra gravadora (Phonogram).

Os melhores sambas de todos os tempos

Não dispondo de estruturas [econômico]-estratégicas que lhe permitam disputar, passo a passo, a (imensa e de amplo poder aquisitivo) faixa de consumidores de música internacional - que vai dos clássicos da faixa etária 30/50, como Frank Sinatra ou Tony Bennet - até as mais estridentes revelações da música pop, as pequenas etiquetas e gravadoras [têm] que se voltar ao prestigiamento de novos valores da MPB ou a representação de igualmente pequenas gravadoras e etiquetas internacionais - desprezadas pelos holdings fonográficos multinacionais.
Tags:
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br