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Odair José

Sociologia Musical

O problema social da prostituição tem sido tema de muitos compositores populares. Dependendo da ótica e da (in)formação intelectual de cada um, o tema pode resultar em obras sérias honestas ou simples apelação. O grupo "Medida Certa", formado por três rapazes bastante criativos e que tiveram a infelicidade de serem mal compreendidos em seu elepê de estréia ("Sabendo Usar Não Vai Falar", Philips, fevereiro/76), por exemplo apresentaram o problema da prostituição numa das músicas que gravaram de forma documental, enfocando o caráter social de abandono de imensas regiões do Nordeste.

A Arte da Phonogram

Entre as gravadoras internacionais que funcionam no Brasil, não há dúvida de que uma das mais bem organizadas é a Phonogram. A multinacional holandesa atravessou na última década uma fase de prosperidade, graças a uma administração dinâmica, capitaneada pelo franco-brasileiro André Midani, de forma que hoje disputa, sempre (e com vantagens) os primeiros lugares em sucesso e, obviamente, faturamento.

As guaranias de Gregório

Espanhol de nascimento (Bilbao, 1911), muitos anos de carreira em Buenos Aires (1938-1955) e sucesso no Brasil há 25 anos, Gregório Barrios está sabendo utilizar o modismo da Nostalgia para "vender o seu peixe", qual seja o bolero, do qual sempre foi um dos grandes intérpretes - com um público fiel, principalmente mulheres que tiveram seus romances dos anos cinqüenta embalados ao som de músicas como "Una Mujer", "Sensacion", "Dos Almas", "Inultimente", "Frio En El Alma", "Final" e "Palabras de Mujer".

Magal, Agepê, Burnier & Cartier

Só as 3 horas da madrugada de ontem é que Sidney Magal, 24 anos - a serem completados no final do mês, dois compactos simples e um elepê - suficientes para torná-lo um novo ídolo de consumo junto as faixas das classes "b" e "d" do público feminino, entre 13/20 anos - pôde descansar por algumas horas. Às 8,30 horas de quarta-feira, já barbeado e apresentando ótima disposição, começou a percorrer as lojas de discos da cidade, acompanhado de Roberto Berro, representante regional da Phonogram e da divulgadora Célia Regina Vaz, última etapa na maratona de 48 horas, desenvolvida em Curitiba.

Em todas as rotações...

1 - Ao lado dos Morris Albert, Terry Winters e Light Reflections, continuam a aparecer novos candidatos aos "Feelings" internacionais, compondo e gravando em inglês . A Top Tap, pequena etiqueta carioca, está lançando em compacto simples mais alguns destes rapazes vítimas do colonialismo cultural, mas, decentemente, está distribuindo releases biográficos, identificando a procedência. Assim Michael Sullivan (?

Vocalistas

1 - Continuam a aparecer discos de músicas francesa, para quem curta o gênero, como o pintor Fernando Velloso, diretor do Museu de Arte Contemporânea. George Moustaki, um dos mais conhecidos (no Brasil) nomes da música francesa nos última anos, amigo do Brasil (e de Naras Leão) tem um novo lp (Polydor/Phonogram, 2393146, abril/76), com 10 composições próprias, além de uma adaptação sobre o tema do folclore peruano "El Condor Pasa". Mais diversificado é o lp "...

De Nelson a Karan

NELSON GONÇALVES - Poucos, muitos poucos, cantores tem permanecido tão fiéis a uma gravadora como Nelson (na verdade Antônio) Gonçalves, paulista do dia 22 de junho de 1920. Não só fiel mas lucrativo, pois esse cantor romântico, que antes de ser cantor foi boxeur e garção, é, há pelo menos 20 anos, um dos artistas de maior prestígio popular. O tempo passa e Nelson permanece, com um repertório que durante anos foi caracterizado pelas músicas de Adelino Moreira, de quem foi durante tempo uma espécie de intérprete exclusivo.

Meire Rose, "marketing" canoro

Meire Rose (Rosemaire de Jesus Merlo) é uma cantora morena, tipo "mignon" que, acompanhado por sua vigilante mas simpática mãe, dona Maria, acostumou-se a freqüentar os programas de calouros desde os 5 anos. Passados 20 anos, mudou a voz e o repertório mas continua em busca de um sucesso que afinal começa a chegar.

Orlando Dias ataca novamente

Há dois anos, o jornalista Tarik de Souza, hoje o mais ativo disc-review da imprensa brasileira fez uma interessante análise sobre a chamada "música de bas-fond ", ou seja, dos intérpretes consumidos pelas platéias mais marginalizadas da sociedade, que aparentemente parecem não dispor de poder aquisitivo siquer para a sobrevivência física mas que, surpreendentemente, garantem, o sucesso impressionante de mais de uma dezena de cantores melodramáticos, que se dedicam a cantar os dramas, os desenganos e, por que não, as esperanças das mulheres abandonadas, decaídas, como, por exemplo, Odair Jos

Duas estreias: Fernando Mendes e Franko Xavier

É perfeitamente legitima a preocupação das gravadoras em procurarem criar novos ídolos da música popular. Afinal, lutando diariamente na disputa de um mercado cada vez mais competitivo, os grandes produtores fonográficos tem que reforçar seus elencos - e se a contratação de nomes já consagrados exige investimentos altos (há 3 anos, a RCA Victor adiantou Cr$ 200 mil para que Waldick Soriano deixasse a Continental e passasse para o seu elenco), também a consolidação de novos artistas é tarefa demorada e altamente onerosa.
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