Pedalando pelo mundo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de março de 1977
O óbvio está acontecendo: vender bicicletas é hoje um negocio em ascensão, pois se até há pouco o doce esporte de pedalar era restrito há poucos aficionados, hoje, com o custo da gasolina em constante escalada, mais do que esporte a bicicleta volta a ser uma opção de transporte. O negócio é tão bom que um grupo de paulistas fez uma oferta tentadora ao comerciante Estefano Ulandowski, proprietário da Mercabi (Mercado de Bicicletas ), que acabou vendendo o seu bem organizado estabelecimento. Mas como é um apaixonado pelo ciclismo, Ulandowski, não vai se afastar totalmente do ramo.
As perspectivas de exportação de bicicletas são imensas. Ao menos o "IS" (Informação Semanal) da Cacex, do Banco do Brasil em recente edição (28/2/77), dedicou 16 páginas com informações detalhadas deste mercado, que entre 1970/74 já apresentou um crescimento notável - e que deverá melhorar ainda mais até o final da década. Por exemplo, nos primeiros quatro anos desta década de vendas de bicicletas passaram de 6,9 milhões para 14,1 milhões de unidades. Em 1975, sentindo os efeitos da recessão as vendas caíram para 11,1 milhões de unidades - mas para 76/77, os números deverão crescer. Em 75, o volume da produção nos EUA declinou sensivelmente, situando-se em 8,5 milhões de unidades.
A exportação de bicicletas para os EUA tem crescido: em 1971 foram importadas por aquele País 2,3 milhões de unidades; 5,1 milhões em 1973; 4 milhões em 1974 e, finalmente, 2,6 milhões em 1976. Nesse último ano, 77% das bicicletas importadas, foram modelos para adultos, leves e de múltiplas velocidades.
Enviar novo comentário