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Aramis

Artigos por data (1987 - Dezembro)

Phil, o ensino do inglês com melhores resultados

Phil Young, 48 anos, um americano que se abrasileirou há duas décadas apaixonado pela Bossa Nova e, em Curitiba, fez de um modesto curso de inglês hoje a escola que vem obtendo os melhores resultados em termos de ensino, passará esta véspera do Natal no ar. Exatamente: no espaço!

No campo de batalha

Ontem, ao entardecer, Micelli, o dentista/pistonista que todas as sextas-feiras, ao entardecer, inunda as proximidades do edifício Tijucas (no qual tem seu consultório) com shows-solos de standard da melhor música, ampliou seu concerto. Convocou alguns amigos, também bons instrumentistas de metais - entre os quais os pistonistas Geraldo, Guimarães e Edilmar - e da janela de seu consultório, voltado para o largo Frederico Faria de Oliveira, fez uma jaz-session originalíssima. xxx

Memória de Charquetti, o cavaleiro Percival

O bar do Jovino não é mais. É hoje uma funerária - que destino funesto para um botequim um tanto selvagem mas gostoso e autêntico naqueles primeiros anos da década de 60, quando repórteres e gráficos de O ESTADO, há poucos metros, na mesma quadra da rua Barão do Rio Branco, ali faziam aperitivos e comiam um reforçado sanduíche de queijo e mortadela - ignorando a (pouca) limpeza que nunca foi o forte do bom Jovino (por onde andarás? Sua última referência era Guaratuba, anos atrás).

Janeiro começa com rock

Para públicos especificamente bem definidos - mas ambos fiéis e constantes - duas grandes promoções abrem 1988. Enquanto que na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro (6 a 9 de janeiro) e no Estádio do Morumbi, em São Paulo (13 a 16), o som estridente de milhares de volts de supergrupos de rock como Pretenders, UB 40, Simple Minds, Simply Red, Duran Duran e Supertramp, mesclados a conjuntos nacionais, atrairão milhares de jovens no Hollywood Rock - em Teresópolis, em ambiente mais bucólico acontecerá um Festival Internacional de Música (10 de janeiro a 6 de fevereiro).

No campo de batalha

A quem interessar: a Funarte está recebendo até 31 de janeiro da 1988 os projetos para financiamento na áreas de artes plásticas, música popular e erudita, folclore, fotografia, artes gráficas e arte-educação, que visem a formação de recursos humanos, a difusão cultural, pesquisa e documentação, apoio à infra-estrutura para a produção artística e a criação.

Herdeiros do Roxy, Wonder & Robinson

Ao lado de um atraente pacote nacional, com estrelas maiores como Beth Carvalho, Fagner e, naturalmente, Chico Buarque, a BMG/Ariola (ex-RCA), terminou 1987 com um também apetitoso suplemento internacional, que inclui o novo álbum de Stevie Wonder ("Characters"), que nos EUA foi lançado a 16 de novembro e, nove dias depois já era colocado nas lojas do Rio. A faixa "Skeletons" já começa a subir na "Hot 1000 Singles" e em seu armário/loucos para sairem/Mexendo com sua consciência/ de uma maneira que sua face não pode ocultar".

Geléia Geral

Há dois anos, Luís Caldas foi a sensação do Carnaval baiano. Com o "Deboche" emplacou vendas impressionantes e comprovou o olhar clínico do produtor Roberto Sant'Anna que o lançou. Hoje, já consagrado, o irrequieto baiano vem com seu terceiro lp ("Lá vem o guarda", Polygram) no mesmo esquema dos anteriores: alegria, reggae, descontração - e até a participação especial de Luiz Gonzaga em Amaxonas . Numa faixa, só instrumental, "Classicaxé", Caldas mostra suas habilidades de violonista. O disco vai vender muito, sem dúvida. Só na Bahia já compensa todo o investimento feito pela Polygram.

XYZ & The Call

XYZ é o primeiro disco solo de Andy Summers. Desde 1982 vinha se empenhando em diversos projetos que corriam paralelos à sua carreira como guitarrista líder do Police. Em 1982/84 dividiu com o guitarrista britânico Robert Fripp os álbuns "I Advanced Masked" e "Bewitched". Autor de temas para o trilha do filme "Down and Out in Beverly Hills" e, recentemente, "End of the Line", ator num programa de tv americano ("T'he Hitch-hiker"), Andy agora mostra um trabalho solo, ao qual deu o título de XYZ e que a WEA lança no Brasil.

Almino, um diplomata que chega ao romance

Se a época não fosse de festas no âmbito familiar e pouco apropriada para novos lançamentos culturais, o diplomata João Almimo poderia aproveitar a sua passagem por Curitiba, neste Natal - acompanhando sua esposa, a curitibana Bia Wouk - para fazer uma noite de autógrafos de "Idéias para onde passar o fim do mundo", seu primeiro romance. Afinal, apoio não lhe faltaria: o jornalista Aroldo Murá, diretor do "Jornal da Indústria & Comércio" é um de seus maiores amigos e mobilizaria, facilmente, os veículos de divulgação para fazer um grande acontecimento.

Os melhores das artes no dia 3

Mais do que uma tradição dos veículos de comunicação, o retrospecto que se faz nos últimos dias de dezembro - ou ainda na primeira semana de janeiro - é significativo pela reavaliação do que de importante ocorreu no período. A repercussão da edição especial do suplemento ALMANAQUE, com a retrospectiva de 1987 (edição de 27/12) foi grande e, já no próximo domingo, teremos um novo ALMANAQUE especial, desta vez com os amplos referenduns sobre cinema, música, teatro, vídeo e artes plásticas.

"A-Z", a ex-"Around" chegou ao 100

A mais sofisticada das revistas brasileiras, "A-Z", ex-"Gallery-Around", comemorou em dezembro o número 100, com edição especial na qual também trouxe uma original secção destinada aos "dez mais", em categorias das mais originais e irônicas. Nascida há oito anos e seis meses, como house-organ da luxuosa "Gallery", clube privé de José Victor Oliva (entrevista de dezembro na "Playboy"), Giancarlo Bolla e Gugu di Pace, a revista adquiriu autonomia a partir de 1982.

Bivar faz suas listagens com ironia e muito humor

Irreverente e criativo, Antônio Bivar, jornalista e dramaturgo, dedicou 17 páginas do número 10 da revista "A-Z" (dezembro/87, Cz$ 100,00) a um delicioso "Hit-Parade 87" no qual inovou em termos de listagem das 10 melhores (ou piores), com indicações das mais interessantes. Para começo de conversa, apontou "as melhores pin-ups", entre as quais mulheres fascinantes como Luma de Oliveira, Leila Richers, Xuxa, Malu Mader, Lídia Bronde e Maitê Proença.

"Bavarium", quando o êxito traz problemas

Em suas duas primeiras semanas de funcionamento, a partir do dia 10 de dezembro, o Bavarium Park (Avenida Mateus Leme, 4.248) foi o exemplo de um aspecto inusitado de grande parte de sua freguesia: o roubo. Simplesmente, mais de dois mil canecos de chope, em cristal foram surrupiados nos primeiros dias em que uma multidão lotou a maior cervejaria do Sul, trazendo com isto um problema sério para seus proprietários: ter que servir a bebida em copos de plástico. Do alto de sua experiência de 25 anos como mestre-cervejeiro, o bávaro Arthur P. Lampelzammer, 48 anos, não se conforma:

No campo de batalha

Uma das mais eficientes assessorias de imprensa em 1987 foi a do Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná. Regularmente distribui informações precisas das atividades da CEAG. Por exemplo, no ano que se encerra a CEAG-PR atendeu exatamente 10.546 empresas, através dos seus 13 diferentes projetos voltados para as micro, pequena e médias empresas paranaenses. xxx

As mortes no cinema

Rita Hayworth, naturalmente, foi a morte mais noticiada entre os muitos nomes que o cinema perdeu em 1987. Mas houve outros - pois foi um ano trágico: Fred Astaire, Bob Fosse, John Huston, Roberto Santos, Lee Marvin, Geraldine Page, Leon Hirzman, entre os mais conhecidos. Aqui, apenas como registro, as mortes do cinema em 1987. Fred Astaire, (1899-1987), o maior dançarino do cinema; ator, a imagem eterna do magro que encanta.

Os melhores filmes das últimas décadas

A escolha dos melhores filmes do ano transcende a simples vaidade crítica e reflete, antes de tudo, uma visão sintética do ano cinematográfico. Assim como os "Conselhos de Cinema" - criados a partir do pioneirismo do "Cahiers du Cinema", nos anos 50, se mantém atuais e a prova disso está no destaque que ocupam nas mais importantes revistas especializadas (e mesmo algumas de atualidades) de vários países (e, no "Jornal do Brasil", Rio, ultrapassando também para outras áreas culturais) - também as listagens anuais são significativas.

Fuja do Leão e seja um mecenas

Entre entregar o ouro para o leão e acabar contribuindo para o pagamento de marajás e "financiamento" de obras faraônicas (e muito discutíveis) por que não fazer um projeto cultural?

Saudades nas telas, nas canções ... (alguns cadáveres ilustres de 1987)

A morte daqueles que, de uma forma ou de outra, contribuiram para que o nosso mundo se tornasse menos amargo e a indústria de sonhos e entretenimento ganhasse formas e cores atinge-nos sempre de uma forma maior. Os obituários de cada dia extendem-se na extensão em que os mortos foram mais ou menos famosos, capazes de deixar saudades e emoções, nas imagens das telas ou nos registros gravados. 1987, como sempre, teve seu saldo de baixas - e mesmo sem um levantamento completo, tarefa para os books of the year, com dados mais amplos, alguns nomes se sobressaem.

As mortes no jazz

Entre nomes famosos - Buddy Rich, Kik Thomas Valentinc; Woody Hermann - a instrumentistas menos conhecidos no Brasil, foram mais de 20 as perdas no jazz. Eis uma listagem, talvez incompleta, pois muitos nem sequer tiveram seus obituários registrados na imprensa brasileira. 14/l - Alton Purnell (piano) - 77 anos 11/2 - John Malachi (piano) - 67 anos 2/2 - Alfredo Lion (produtor e fundador da Blue Note) - 79 anos 14/2 - Bola Sete 28/2 - Freddie Green (guitarrista de Count Basie) - 75 anos 6/3 - Eddie Durham (guitarrista, trombone, compositor, arranjador) - 80 anos
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