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Caetano Veloso

O filme que quase acertou na milhar

Ironicamente, as três maiores paixões do brasileiro não têm merecido uma transposição visual, no cinema, à altura daquilo que desperta em mais de 100 milhões de pessoas: o futebol, o carnaval e o jogo do bicho. Curiosa esta pobreza filmográfica em torno de temas tão arraigados da cultura popular, capazes de exercitar o imaginário e integrarem-se àquilo que chega às camadas mais simples da população.

Sucesso de Fernandinha ajuda exibição das fitas nacionais

A excelente bilheteria de "Com Licença, Eu Vou a Luta!" (terceira semana, cines Lido 1/Ritz) é importante por várias razões. Em primeiro lugar por confirmar que para um bom produto existe público. Em segundo lugar mostra que o filme do jovem Lui Farias, baseado igualmente num texto de uma jovem (Eliane Maciel) e tratando das relações entre pais e adolescentes pode criar uma empatia com amplas faixas de espectadores.

Os nacionais do FestRio estão agora nos cinemas

Apenas três estréias numa semana de múltiplas escolhas, incluindo filmes inéditos poloneses, que estão sendo apresentados (infelizmente sem qualquer promoção), na Cinemateca. Dois são lançamentos nacionais, capazes de atraírem bom público - por coincidência, ambos vistos em suas estréias mundiais nos Festivais Internacionais de Cinema do Rio em 1984 e 1986, respectivamente: "Além Da Paixão" de Bruno Barreto e "O Cinema Falado" de Caetano Veloso.

O cinema (muito) falado de Caetano

Horas após assistirmos, em sua estréia mundial, ao filme "O Cinema Falado", em exibição hors concours durante o III FestRio (novembro/86), e relatando em O Estado do Paraná a polêmica que se seguiu, provocada pelas (justas) vaias que o cineasta Arthur Omar ("Tristes Trópicos", "O Som") estimulou durante a projeção na Sala Glauber Rocha (Hotel Nacional, RJ), escrevíamos que este seria o filme que mais discussões provocaria e ganharia os melhores espaços na imprensa nacional. E não deu outra!

E Elymar realizou o seu sonho: cantar no Canecão

Em 12 de novembro de 1985, o Canecão - a grande casa de shows do Rio de Janeiro - teve uma noite diferente. Ao invés de Bethânia, Roberto Carlos ou Ivan Lins - nomes habituais nos super-shows que Zeca Prioli costuma apresentar em suas temporadas, ali se apresentava um cantor totalmente desconhecido: Elymar.

Geléia Geral

Jane Duboc é o exemplo da cantora afinada, suave, que infelizmente não teve ainda o reconhecimento popular. Com mais de 15 anos de estrada, vivência nos Estados Unidos, sensível compositora, já dividiu shows com Toquinho, fez gravações marcantes mas ainda é uma vocalista pouco conhecida fora dos meios mais bem informados. Tudo isto contribuiu para que seu último álbum - "Ponto de Partida", feito numa pequena etiqueta paulista, sem qualquer esquema de divulgação (Antena Discos e Vídeo, Avenida Europa, 571, São Paulo) passasse desapercebido.

Tempo de promoção para a música 87

O boom na indústria fonográfica em 1986, provocando uma demanda muito além da capacidade de produção das fábricas de discos não fez as gravadoras dormirem sobre os louros. Sabendo de que pelo próprio produto oferecido as variações do mercado são inesperadas, quatro multinacionais do setor começam 1987 com vigorosos planos de marketing em favor de seus contratados.

DECLARAÇÃO DE VOTO

Sem considerar os elepês de Beth Carvalho e Maria Bethânia - que, lançados neste finalzinho de ano, ainda não chegaram aos nossos ouvidos - pode-se dizer que 1986 foi, mais uma vez, um ano de canto das mulheres. A começar pelo retorno, há tanto ansiosamente aguardado, da Divina Elizeth Cardoso, 66 anos, que num álbum comemorativo aos seus 50 anos de carreira, foi carinhosamente produzido pelo seu mais ardoroso fã, o poeta e animador cultural Hermínio Bello de Carvalho.
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