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Clementina de Jesus

A Nau que trouxe a bela voz de Vange

Há uma geração de novas e excelentes cantoras, inéditas ou não em discos, mas ainda pouquíssimo conhecidas: Eliana Estevão, Eliete Negreiros (fez no ano passado, no projeto Bom Tempo, um dos melhores discos do ano), Vanias Bastos (primeiro LP recém-lançado também pela Copacabana, mas ainda não divulgado no Paraná); Nó Ozetta e Fortuna, da qual se falam maravilhas, mas que até agora só ficaram nos palcos (Fortuna, teria feito um disco independente, que não saiu por falta de vinil).

No campo de batalha

Das surpresas agradáveis da noite, Trumpet's, o musical ambiente do pistonista Saul, na Rua Cruz Machado, atrai sempre valores novos. Noite destas, quem ali encantou com seu repertório de standards dos anos de ouro da música americana e a melhor Bossa Nova foi a bela Maria Eunice, 23 anos, que apesar da timidez tem um embalo delicioso. xxx

No campo de batalha

Passou sem o merecido registro da imprensa nacional, a emocionante Missa de 7º Dia, no domingo, pela morte da grande Clementina de Jesus. Foi no Outeiro da Glória, Rio de Janeiro, com a participação vocal de Elizeth Cardoso, Dona Ivone Lara, Maria Lúcia Godoy, Carmem Costa e Zezé Gonzaga. O organista foi Helivus Vilela. A oração de Santiago foi lida por Haroldo Costa, Albino Pinheiro, Raul Farias Lima e Elton Medeiros. xxx

D. Ivone Lara em reedição desonesta

"A essência do samba. O samba com consciência. O samba de pé no chão". (Release acompanhando o elepê "Ivone Lara", Sigla, 1985). Realmente Dona Ivone Lara é o samba. A essência do samba. Considerada como uma espécie de herdeira de mãe Clementina de Jesus, Dona Ivone Lara não precisa de comparações. É ela própria, compositora inspirada, excelente intérprete.

Almir, Eliane, Zeca, Pérola... (é a nova geração de vigor)

Há oito anos, Beth Carvalho já havia percebido que nem só de Cartola, Nelson Cavaquinho e outros eternos compositores populares poderia sobreviver artisticamente com elepês de primeira categoria. E assim, junto ao Cacique de Ramos descobriu coisas como o banjo de Almir Guineto, e repique de Ubirany e o tam-tam do Sereno e do Mauro, estes últimos de percussão tocados com a mão ao invés de baquetas.

Natal carnavalesco sai da lenda para chegar à tela

Desde ontem, além das câmeras de televisão e vídeo-teipe também modernas unidades de 35mm estão documentado o Carnaval carioca, especialmente cenas do desfile das grandes Escolas (que hoje a noite têm sua disputa na Passarela do Samba). Mais uma vez, cineastas que se voltam a temática carnavalesca aproveitam o maior espetáculo popular do mundo para rodar ao vivo, com milhares de figurantes, seqüências que, em termos de produção montada seriam impossíveis de ser feitas.

Ritmo do balé

William Senna, mineiro de Rio Casca, 39 anos, é a outra grande revelação de violinista e compositor: em "O Homem do Madeiro", produção de Egberto Gismonti, pelo selo Carmo, William mostra dez composições das mais expressivas, nas quais emprega o violão, o corrupio e a voz, tendo a participação de Gismonti nos teclados em "Ventre da Lua" e "Porã" e no segundo violão em "Colméia", enquanto Dulce Bressane, com sua acariciante voz (e é uma pena que ela não faça um disco como cantora) em "Horizonte" e "Porã".

Hermínio, amor e poesia, 50 anos

Lindolfo Gaya e Stelinha Egg, dois artistas do maior respeito, terão, hoje, uma especial alegria: vão reencontrar um de seus maiores amigos, o poeta, compositor, produtor e animador cultural Hermínio Bello de Carvalho, diretor da Divisão de Música Popular do Instituto Nacional de Música/Funarte. Hermínio está em Curitiba há 3 dias. Veio apenas rever amigos e descansar após sua participação no I Congresso Nacional de Música Popular (5 a 7 de março), em Araxá, no qual foi um dos mais atuantes expositores.

Araci Cortes, 80 anos

Bendita a hora que o Instituto Nacional de Música / Funarte e a Continental firmaram um acordo operacional para que as produções fonográficos produzidas pelo órgão oficial fossem industrializadas, distribuidas e comercializadas pela gravadora paulista. Com isto, a Continental que andava mal das pernas passou a ter um excelente catálogo do que há de melhor na produção de MPB e os discos da Funarte, até agora restritos a uma minoria com acesso as sua loja no Rio, ou precário ( ainda ) sistema de distribuição, passaram a encontrar com maior facilidade verdadeiros documentos da MPB.

Uma semana com muitas (e belas) formas/cores

Uma semana de eventos importantes na área das artes plásticas: abertura do 37o Salão Paranaense, do Salão Passarela e da retrospectiva de Elifas Andreato. Sem contar a coletiva de Wilson Andrade e Silva, Jefferson César e Domicio Pedroso hoje à noite na Acaiaca, ainda a mais profissional das galerias da cidade.
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