Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS David Neves

David Neves

Os filmes de competição

Desde ontem, após a exibição de "A Faca de Dois Gumes" (hoje em exibição no Lido II, 5 sessões), já se começaram a fazer os balanços dos favoritos aos Kikitos, que este ano serão de bronze, acompanhados de prêmios em dinheiro. Iniciando com dois filmes um tanto frustrantes (mas que encontraram defensores) - "Jardim de Alah", de David Neves e "1º de Abril, Brasil", da estreante Maria Letícia - o festival cresceu no terceiro dia (terça-feira), com "Festa", do paulista Ugo Giorgetti.

A mineirice do Grande Mentecapto na tela.

Gramado - Mesmo que não saia com o Kikito de melhor filme deste festival porque, afinal, surpresas podem acontecer (e os resultados só foram anunciados na noite de ontem, impossíveis assim de serem registrados neste espaço), "O Grande Mentecapto" obteve a maior aceitação do público - o que o fez o maior favorito ao troféu do júri popular - e entre (muitos) méritos tem o de conseguir aquilo que poucos filmes têm obtido: uma fácil, deliciosa e emocionante comunicação.

Os premiados no XVII Festival de Gramado

Filme: "Festa", São Paulo, de Ugo Giorgetti; Filme: votação do júri popular: "O Grande Mentecapto", Rio-Minas Gerais, de Oswaldo Caldeira; Diretor: Murilo Salles ("A Faca de Dois Gumes); Roteiro: Ugo Giorgetti ("Festa"); Ator: Adriano Stuart e Antônio Abujamra ("Festa"); Ator coadjuvante: Ítalo Rossi ("Louca Demais"); Atriz: Rosamaria Murtinho ("1º de Abril, Brasil"); Atriz coadjuvante: Imara Reis ("Jardim de Alah"); Fotografia: José Tadeu Ribeiro ("A Faca de Dois Gumes"); Edição de som: Juarez Dagoberto ("Doida Demais");

Os filmes para os próximos festivais

Foi o próprio Orestes Quércia quem decidiu a parada: ao invés de cinco longa-metragens, cada um com uma ajuda de US$ 200 mil, o governo de São Paulo vai bancar a produção de dez filmes para aquecer a raquítica produção brasileira.

Rio de David e 1º de Abril de Letícia

Após bem sucedidas incursões literárias-cinematográficas ("Memórias de Helena", do livro de Helena Morley; "Lucia McCartney", do conto de Rubens Fonseca), o mineiro-carioca David Neves se voltou a um projeto tão lírico e afetivo como é a sua personalidade: um mapeamento truffoneano do Rio de Janeiro. Assim, após "Muito Prazer", com o Leblon como cenário e o encantador "Fulaninha", rodado na Prado Júnior, em Copacabana, justamente na rua em que ele reside, veio "Jardim de Alah", com conflitos e contrastes de um endereço certo, na confluência dos bairros cariocas de Ipanema e Leblon.

Adaptações de Sabino na disputa do Kikito

Com toda certeza o escritor Fernando Sabino estará em Gramado: dois longa-metragens, em competição, são baseados em suas novelas: "A Faca de Dois Gumes", de Murilo Salles e "O Grande Mentecapto", de Oswaldo Caldeira. Sérgio Rezende, que com "O Homem da Capa Preta" conquistou as principais premiações do Festival de Gramado, há três anos, retornará concorrendo com seu novo filme, "Eu sem Juízo, Ela Doida Demais", cuja montagem foi feita pelo curitibano Mauro Alice.

Festival de Gramado levará filmes para nove capitais

Uma novidade absoluta em termos de marketing festivalesco: pela primeira vez no Brasil (e talvez até no mundo) os filmes inéditos que concorrem numa mostra serão vistos, simultaneamente, em sessões comerciais em nove outros Estados. A novidade acontece no 17º Festival de Gramado (11 a 17 de junho), com a apresentação dos seis longas que ali disputam os Kikitos, também em salas do Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Belo Horizonte, Recife, Florianópolis, Salvador, Belém e Curitiba (Lido II, 320 lugares). xxx

Estão no laboratório os candidatos para Gramado

Dos sete filmes que estão prontos e em lançamento pela Embrafilme neste semestre, apenas dois são inéditos o suficiente para justificar sua participação no XVIII Festival do Cinema Brasileiro de Gramado: "A Faca de Dois Gumes", de Murilo Salles, baseado na novela de Fernando Sabino, com Paulo José, José Lewgoy, Marieta Severo e José de Abreu e "Jardim de Alah", de David Neves.

Cinema para ler - Pioneirismo de Viany

Há 30 anos, Alex Viany elaborava um livro fundamental para a compreensão de nosso cinema. Jornalista e crítico, tendo vivido em Hollywood nos anos 40, realizador de filmes importantes ("Agulha no Palheiro", 1953; "Ria Sem Sol", 54), colaborador como roteirista em outros, pode-se dizer que Viany foi o primeiro grande pesquisador de nosso cinema - em que pese a importância de outros pioneiros.

O Brasil por Henriqueta e o gol do Uruguai em 1950

Gramado - Aproximando-se do final, aumentam não só as inquietações dos realizadores dos 33 filmes, nas diversas bitolas, em competição, como cresce o número de convidados - desde superstars até nomes aparentemente anônimos, mas ligados, de uma forma ou de outra, ao cinema brasileiro, e fazem todo esforço para assistir ao mais badalado festival que se realiza no Brasil.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br