Helena Kolody
As palavras-pássaros que Helena liberta
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de dezembro de 1988
Defini-la como a Cecília Meireles do Paraná é pouco. Muito pouco! Em que pese a importância da autora de "Cancioneiro da Independência", a nossa Helena Kolody é uma poeta maior - que independe de comparações.
Algumas vezes, na profundidade de seu pequenos (grandes) versos pode lembrar o universo de observações de Mário Quintana. Pode-se incluí-la no mesmo patamar de um Drummond, um Bandeira - e, pela sua linguagem sempre atual, a João Cabral de Mello Neto.
Poesia maior para o Natal
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 24 de dezembro de 1988
Na montagem de "Viagem no Espelho", o editor Roberto Gomes faz uma viagem ao inverso: ao invés de começar pelas primeiras poesias de Helena, o livro abre com trabalhos recentes ("Poesia Mínima, 1986), nas quais, já coloca a sua intimidade com as palavras, num trabalho de ourives qua as trabalha com perfeição.
As palavras têm sentido
num código particular
Cada qual é singular
Em sua maneira de ler
("Código")
O gosto pela leitura, capaz de ter uma síntese tão perfeita:
Navegou / No veleiro dos livros
Desembarcou / e conferiu
Nos Haikais do dia a dia o significado da permanência
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de março de 1988
Helena Kolody foi a primeira personalidade focalizada na série "Bicho do Paraná", idealizada pela Umuarama, com patrocínio do Bamerindus, para valorizar os talentos paranaenses. Assim como agora, a campanha de valorização das etnias, do Banestado, vai focalizá-la como símbolo da raça ucraniana ("É verdade? Eu nem estava sabendo", diz, surpresa), no "Bicho do Paraná" ela abriu a série de tapes veiculado pela televisão. A propósito, conta:
Alice, a publicidade e os hai-kais em outdoors
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 26 de março de 1988
De tanto não poder dizer
Meus olhos deram de falar
Só falta você ouvir
Erasmo Pilotto, o educador
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de abril de 1988
Numa de suas bibliotecas, uma sala extensa e agradável, na casa branca da Rua Angelo Sampaio, na qual mora há quase 50 anos, os livros de filosofia, teatro grego, literatura convivem com centenas de textos sobre ensino e pedagogia. De um lado, paisagens de Curitiba, assinadas por Viaro e Bakum, dois entre seus maiores amigos das artes plásticas. Numa das prateleiras, sobre os livros, um poster com a letra de "Imagine", sobre um desenho, a traço de John Lennon.
Imagine não há céu
É fácil, basta tentar
Nenhum Inferno
embaixo de nós
Em cima só firmamento
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Helena Kolody, sempre com a emoção da poesia
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de março de 1988
Nos últimos meses ela tem sido requisitada para entrevistas, depoimentos, mesas redondas. São jovens que a querem ouvir, jornalistas que a procuram, estudantes que se debruçam sobre seus poemas em trabalhos escolares ou simples leitores que, emocionados pela beleza de suas palavras impressas, buscam a autora. A todos, atende com a maior habilidade, simpatia e generosidade.
Joffily, poesia além do cinema
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de agosto de 1987
Após uma primeira semana de exibição nos Cines Lido II e nas sessões noturnas do Luz, "Urubus e Papagaios" emplaca uma segunda semana, agora só no Luz, em horários normais.
Prejudicada pelo adiamento por duas semanas, este filme de estréia do cineasta José Joffily Filho, é uma irreverente visão dos costumes de uma pequena cidade, a imaginária Mimosa do Oeste, criada a partir de um texto do escritor gaúcho Josué Guimarães (1921-1986).
Ziraldo autografa na Feira
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de outubro de 1987
O humorista Ziraldo, autor do best-seller infantil "O Menino Maluquinho", é a atração de hoje da IV Feira de Livros Cidade de Curitiba, que está funcionando na Praça Osório. Ele autografará, às 11 horas, a convite das Livrarias Curitiba, seu último lançamento para crianças "Meu Amigo o Canguru". Ziraldo, por sinal, foi ontem ao Guairinha assistir a montagem teatral de "O Menino Maluquinho", que tanto sucesso de público está alcançando.
Livros e autógrafos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de novembro de 1986
A cidade está em clima de literatura com a III Feira do Livro Cidade de Curitiba, que ontem se instalou na Boca Maldita com suas dezenas de barraquinhas (até dia 12) distribuídas entre 23 editores e livrarias. Só a editora Criar, curitibana, programou nada mais nada menos que dezesseis manhãs e tardes de autógrafos, com lançamentos e relançamentos.
Entre os lançamentos, chama a atenção da estréia do jornalista Wilson Bueno em "Bolero's Bar" (leia reportagem na edição deste domingo do "Almanaque") e o relançamento de "7 de amor e violência".
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Guerra no Oeste em realidade e ficção
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 21 de setembro de 1986
Com mais de 30 títulos em catálogo e numa salutar ascendência entre as editoras regionais, a Criar, de Curitiba, tem nada menos que 11 títulos programados para lançar nos próximos meses. Diversificando sua produção, o editor Roberto Gomes, 41 anos, catarinense de São Francisco do Sul que há quase 20 anos optou por Curitiba, está vendo a antologia "Contos Cubanos do Século XX", lançada durante a 9ª Bienal Internacional do Livro, obter uma justa projeção nacional, o que talvez obrigue a antecipar o segundo volume, inicialmente previsto apenas para 1987.
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