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Cada vez mais brasileiro, João faz a melhor música

A leitura de um poema de Antônio Cícero ("Guardar"), no qual dizia que "guardar alguma coisa no cofre/perde-se de vista/guardar um pássaro é aprisionar o seu vôo", fez com que nascesse a atual parceria que desaguou nas canções deste novo lp ("Zona de Fronteira"). Wally Salomão, poeta baiano, diretor de shows da Gal Costa, seu outro parceiro, lhe propôs uma parceria para uma música destinada a Maria Bethânia, que acabou virando título de seu último elepê: "Memória da Pele".

Tom grava Noel Rosa para o songbook que Almir produz

Num ano de escassas edições musicais de bom nível - no qual será difícil fazer os tradicionais destaques da área fonográfica - uma das esperanças maiores se concentra no álbum duplo que o produtor Almir Chediak está realizando em homenagem a Noel Rosa (1910-1937). Depois do exaustivo estudo de João Máximo e Carlos Ridier - "Noel Rosa: uma biografia" (Editora da Universidade de Brasília, 1990), é a Lumiar Editora quem vai reverenciar aquele que para muitos continua sendo o nosso maior compositor popular.

Leo, um som com novas cores em nossa música

Dentro da valorização instrumental que tem sido um dos (poucos) aspectos positivos dentro da MPB, o carioca Leo Gandelman é um exemplo da soma do Talento + estudo + disciplina num resultado ótimo. Dono de um sopro belíssimo, este filho de imigrantes russos/ucranianos/lituanos chega a condição de encontrar um público fiel, que, amanhã deverá comparecer ao auditório Bento Munhoz da Rocha Neto para lhe aplaudir como merece (única apresentação, ingressos entre Cr$ 3 a 6 mil).

Antigos sucessos na voz gostosa de Maria Creusa

Uma das maiores preocupações das cantoras(es) está em conseguir repertórios para suas gravações e, em conseqüência, shows. Até os anos 60, raros compositores atreviam-se a gravar suas músicas - entregues aos intérpretes - que disputavam exclusividade. A partir da liberdade que levou os autores a também se transformarem em intérpretes, conseguir músicas novas, inéditas - e de qualidade - passou a ser uma disputa violenta.

Raphael e Dino ao violão, o melhor LP instrumental de 91

Quando criou há pouco mais de um ano a Caju Musik, o alemão "Cariocarizado" Peter Klan, ex-Ariola, decidiu que produziria os melhores discos instrumentais brasileiros. Record-man de sensibilidade tanto artística como em sua visão empresarial, Klan vem cumprindo o que se propôs. O catálogo da Caju, embora ainda reduzido, contém algumas das melhores produções instrumentais dos últimos anos - incluindo reedições de discos que haviam passado desapercebidos quando de seu lançamento em pequenas tiragens.

Em CD, Leon continua a reviver o que de melhor o Brasil cantou

Assim como o "Jornal do Brasil" apontou há alguns meses alguns "brasileiros de exportação" (entre os quais o curitibano Norton Morozowicz, flautista e regente da Orquestra de Câmera de Blumenau) como exemplos profissionais que honram o nosso país, a Câmara de Curitiba deveria também instituir uma homenagem realmente significativa aos "curitibanos de exportação" - pessoas que contribuem para que nossa cidade ganhe um prestígio fora de nossas fronteiras.

Os Garfunkel que Curitiba esqueceu

Maringá - Durante três dias, Jean Garfunkel teve uma experiência um pouco diferente da que está acostumado a viver nas centenas de festivais de música que há 20 anos vem participando. Ao invés de estar entre os competidores em busca de premiações, este paulista descendente de franceses e que, afetivamente, se considera meio curitibano, foi um dos sete jurados que escolheram as melhores músicas em competição no XIV Festival de Música de Canação, realizada entre os dias 27 a 29 de setembro, no Cine Horizonte.

A arte da flauta, violão e piano que poucos aplaudiram

Pouco mais de 100 pessoas - perdidas no imenso Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto - assistiram na noite de sexta-feira, 29, um dos melhores espetáculos instrumentais da MPB que ainda este ano estará sendo levado a platéias européias e, possivelmente, em princípios de 1992, ao Japão. Infelizmente, como havíamos aqui previsto na semana passada, a única apresentação do flautista Altamiro Carrilho - comemorando seus 50 anos de carreira - ao lado dos amigos Sebastião Tapajós (violão) e Gilson Peranzetta (piano) não teve o público merecido.

Inédito de Ary Barroso gravado pela Revivendo

Além de 22 históricos fonogramas, com registros que vão desde os Hinos à Bandeira Nacional (1906) e o "Hino Nacional Brasileiro" (1822), até "Isso é Brasil" (1947, José Maria de Abreu / Luiz Peixoto), a arqueologia ufanista promovida por Leon Barg incluiu uma faixa inédita. Trata-se de "Onde o Sol Doira as Espigas" (1944), samba de Ary Barroso (1903-1964), que só foi cantado no rádio duas vezes pelo cantor Moraes Neto em 1944. Hoje aos 73 anos, residindo em Curitiba desde 1989, Moraes Neto contou a Leon Barg sobre esta música inédita do grande Ary, que sofreu a censura na época.
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