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Noel Rosa

Das memórias de Viola ao frevo. É tempo de Carnaval

Feliz do País que tem talentos como Paulinho da Viola, um compositor-cantor - instrumentista que a cada ano dá um novo salto em criatividade, harmonia, inspiração, cada vez com raízes mais brasileiras, mais verde-amarelas (mas sem falsos ufanismos), valorizando a nossa melhor criação. Feliz também um País que tem novos talentos emergentes como Dalmo Castelo, que tem veteranos compositores como Mano Delcio da Viola, Duduca, Hernani de Alvarenga, Iracy Serra, Ismael Silva, Nelson Cavaquinho, Noel Rosa de Oliveira, Walter Rosa e tantos outros.

A mulher & a música

Uma prova de quanto uma boa produção pode fazer por uma cantora de talento é o novo lp de Eliana Pittman (Tô chegando já cheguei, RCA, 1030084, Dezembro/74). A bela cantora, devidamente assessorada pelo jornalista Sérgio Cabral - coordenador artístico desta produção de Osmar Zandomenigui - e amparada em arranjos dos maestros Severino Filho, Ely Arcoverde, Nelsinho e do Magro do MPB- 4, mostra toda sua potencialidade de intérprete madura, com um repertório que vai de clássicos como "Kalu" ( Humberto Teixeira e "Quem Dá Mais?

A importância das reedições (Chico, Nelson, Jacob e outros)

Quando insistimos na importância das reedições, o fazemos pela consciência que temos de que somente se conhecendo e divulgando [os] importantes períodos de nossa música popular poderemos despertar em novas faixas de público (e gerações), o entusiasmo, o amor, o respeito pelos nossos compositores, intérpretes e instrumentistas - durante anos esquecidos e anônimos em seus trabalhos rotineiros em rádios, estúdios, e orquestras de bailes - mas altamente criativos e que só agora, mercê do trabalho de pesquisadores como Ricardo Cravo Albim, J. L.

O nosso bom Samba (I)

Como diz o radical J. Ramos Tinhorão, o cáustico e rigoroso crítico musical do "Jornal do Brasil", não é fácil ser brasileiro em termos musicais, tal a proliferação da (pior) música estrangeira.

Brasil, violão & talento.

'Entendo por violão brasileiro isso que Villa-Lobos e João Pernambuco - fundamentalmente esses escreveram para violão. A história da popular, foi de uma certa forma escrita em seis cordas: novas estéticas e tendências foram inicialmente conduzidas por um Donga, Sátiro Bilhar - passando depois por Garoto, Bonfa, Badem - sem esquecermos Canhoto da [Paraíba], Othon Salleriro, Dino, Meira. Na fase pós-bossanovista de João Gilberto vieram Edu, Milton Nascimento, Gil, Gismonti, Paulinho da Viola - e não há porque esquecer, no campo erudito, esse extraordinário Turibio Santos'

Eles vendem muito (logo gravam lps)

É justo que se registre também os lançamentos menores artisticamente, mas que, em termos de comercialização atingem vendas expressivas, garantindo com altos lucros, os investimentos das gravadoras. Eis alguns exemplos:

Musicais

Cartola (Agenor de Oliveira, 66 anos), uma das pessoas mais representativas da música popular brasileira e a quem Paulinho da Viola deve a inspiração de seus melhores sambas, está sendo ouvido desde ontem pela Iguaçu, através de seu primeiro lp, lançamento de Marcus Pereira, em seu excelente catálogo.

A antologia do MPB-4, a [cuíca] de Osvaldinho e os long-play da CBS

Gravado em outubro de 1973, só em junho pode ser lançado o lp do grupo vocal MBP-4 - que assim passou 1973 sem ter o seu habitual lp colocado no mercado, de forma que o público fiel que tanto admira o conjunto teve que se contentar com o único compacto-duplo, onde gravou, entre outros, o belíssimo samba de Eduardo Gudin - "A Velhice da Porta Estandarte".

A melhor MPB

O entusiastico apoio do público que, pela terceira vez, lota todas as apresentações do MPB-4 em Curitiba - as duas primeiras (fevereiro e dezembro/73) no teatro Paiol, agora no amplo auditório Salvador de Ferrante da Fundação Teatro Guaira é uma animadora confirmação do entusiasmo que existe pelo que há de melhor em nossa musica popular.

Os melhores sambas de todos os tempos

Não dispondo de estruturas [econômico]-estratégicas que lhe permitam disputar, passo a passo, a (imensa e de amplo poder aquisitivo) faixa de consumidores de música internacional - que vai dos clássicos da faixa etária 30/50, como Frank Sinatra ou Tony Bennet - até as mais estridentes revelações da música pop, as pequenas etiquetas e gravadoras [têm] que se voltar ao prestigiamento de novos valores da MPB ou a representação de igualmente pequenas gravadoras e etiquetas internacionais - desprezadas pelos holdings fonográficos multinacionais.
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