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Noel Rosa

Disco do Ano

Carlinhos Vergueiro pertence a uma geração de compositores que ficaram, em sua formação musical entre a Bossa Nova e o Tropicalismo, com os reflexos dos Beatles. Filho de um jornalista e radialista admirável, responsável pela programação da Rádio Eldorado, de São Paulo, ouvindo boa música desde a infância, moço que descobriu a importância das coisas simples - o botequim, os amigos, as serenatas, consolidou se tudo isso num jovem que, aos 25 anos, já tem uma razoável obra, registrada em quatro elepes. De "Brecha" (Continental, 75) a "Pelas Ruas"(Odeon, EMCB 7025. Setembro/77).

Lápis, agora a saudade

No entardecer do sábado, ainda com o Sol brilhando, o sepultamento do compositor e violonista Palmilor Rodrigues Ferreira (1943-1978) - o bom Lápis, no Cemitério Água Verde, foi como ele havia pedido a Aninha, sua última companheira: ao invés de choro e de vela, como no samba de Noel Rosa (1910-1937), ele queria que tocassem suas músicas. E seu último pedido foi atendido: vozes embargadas de emoção, os amigos que o acompanharam em sua última morada, cantaram suas músicas - ao som de dois plangentes violões e três instrumentos de ritmo.

Disco no exterior

Jorge Bem, que teve seu trabalho comparado ao do pintor primitivista Heitor dos Prazeres, pela sua linguagem musical simples, ingênua, clara, representa o próprio espírito do samba do sambista brasileiro. Algumas vezes simplesmente cantando sua musa Tereza, seu Flamengo, o justiceiro Charles Anjo 45, ou ainda misturando alquinia com placas de "é proibido pisar na grama".

Cantores:

Nelson Gonçalvez grava tantos elepes - e tão rapidamente - e vendendo também tanto, que não só é a galinha dos ovos-de-ouro da RCA, etiqueta da qual nunca se afastou, como até preocupa os produtores. Seu público é fidelissimo e compra tudo que ele faz, enquanto seus discos permanecem em catálogo. << Nelson Gonçalves Especial na Intimidade >> , produção de Luiz Bandeira, procura ter um ar de informalidade, com o cantor anunciando as músicas, nomes dos autores e se dirigindo ao público, como se estivesse um show dos milhares que faz Brasil afora.

A década de ouro de nosso Carnaval

No Rio de Janeiro, o pesquisador Jairo Severiano, um dos autores da Discografia da Música Brasileira (4 volumes) e que no ano passado coordenou o belíssimo projeto homenagem a Caymmy, está ultimando um livro sobre a vida e a obra de Braguinha, acompanhado de um elepê com seus maiores sucessos, na interpretação dos jovens da "orquestra de vozes" Garganta Profunda. Estas duas produções, mais shows, sessões solenes, exposições e outros eventos marcarão a 29 de março de 87 os 80 anos bem vividos e amados de Braguinha.

Brasilidade

Se alguém, em algum momento, argumentou que o choro não entusiasma o público, na noite de sexta-feira, quando o frio climático era mais intenso no Teatro do Paiol, houve (mais) uma prova ao contrário: os mais calorosos aplausos foram ouvidos ao longo de quase dois minutos após o flautista Copinha (Nicolino Coppia, 66 anos, 51 de vida instrumental) ter solado quatro dos mais belos choros de Pixinguinha (Alfredo da Rocha Viana, 1898-1973): "Cuidado Colega", "Naquele Tempo", "Segura Ele" e "Carinhoso".

Antologia em Cy

No ano passado, a " Antologia do Samba Canção" com o Quarteto em Cy, foi um dos discos de melhor vendagem na Philips e ganhou lugar seguro na lista dos 10 melhores. Com arranjos primorosos de Luiz Claudio e Magro, Dorinha Tapajós, Cynara, Cyva e Soninha Albuquerque mostraram toda a beleza de suas vozes - e aprimorada técnica que conseguiram com um repertório selecionado com o maior cuidado por Paulo Tapajós (pai), pesquisador e um dos homens que mais conhece a nossa MPB.

As canções do dinheiro

Primeira mão nacional: o Banco do Brasil vai comemorar em outubro a inauguração da agência número mil - em Macapá - com uma série de eventos. Com toda a razão: em todo o mundo existem apenas três bancos que possuem mil agências. xxx

Documentos

Em outubro de 1972, o poeta Vinícius de Moraes escrevia na contracapa do elepê de retorno de Nora Ney ("Tire seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor", Som Livre, SSIG 1020), que a ouvindo na casa de samba "Feitiço da Vila", que ela e seu companheiro, Jorge Goulart, teve por algum tempo em Belo Horizonte, reabrindo-a depois no Rio de Janeiro, observou que as moças que se encontravam em sua mesa - "e havia algumas super prá-frente" - choraram" sem remissão ao calor de sua voz suja de vida e de mundo: seu timbre sensual e rascante; seu fraseado bem esdondindo, cheio de
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