As telas de Traple
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de janeiro de 1977
Em uma de suas últimas visitas à casa de sua mãe, em Florianópolis, o ator Maurício Távora, superintendente da Fundação Teatro Guaíra, encontrou dois excelentes quadros do pintor Estanislau Traple (1898-1958), pintados em 1937. Um óleo reproduzindo uma paisagem de Tíjucas e em retrato na técnica de pastel. Os quadros faziam parte de uma série de trabalhos que Traple ofereceu ao pai de Maurício, Raulino Távora, (1906-1941), que foi seu discípulo e um de seus maiores amigos.
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Pouca gente sabe que Maurício Távora também é pintor autodidata. Em seus fins de semana, na Praia do Leste, vem fazendo uma série de paisagens que pretende expor dentro de alguns meses. Há13 anos, Maurício já teve uma menção honrosa num salão dos novos, realizada na Biblioteca Pública.
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Como possui vários outros trabalhos de Traple, que foi discípulo de Alfredo Andersen (1860-1953), a partir de 1916, Maurício colocou a venda estes dois trabalhos, através da Cocaco. Traple transferiu-se em 1931 para Florianópolis, onde lecionou desenho no Instituto de Educação. Mas em 1948, retornando a Curitiba, foi um dos fundadores da Escola de Música e Belas Artes do Paraná.
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