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Chico Buarque de Hollanda

O bom fruto de Elba

A maternidade fez (muito) bem para Elba Ramalho. Nasceu Luã e ela curte, corujamente, o rebento, filho do ator Maurício Mattar (que, por sinal, vem aí no filme "Johnny Love", cuja trilha sonora do ex-Mutante Sergio Dias a SBK Songs acaba de lançar). Luã ganhou direito de ter até o som de seu sorriso incluído na faixa em sua homenagem, parceria do pai com Geraldinho Azevedo - e aparecer na foto da contracapa, alimentando-se saudavelmente no seio materno.

Gomes, antes do editor, o escritor de dignidade

Desenvolvendo o mais sério trabalho editorial, em termos de iniciativa privada no Paraná, Roberto Gomes, catarinense de Blumenau, 44 anos - a serem completados no dia 8 de outubro, não pode ser esquecido, antes de tudo, como escritor. Por isto merece mais um registro - embora com certo atraso - a feliz idéia de Leilah Santiago de Oliveira, coordenadora da Editora Scientia et Labor da Universidade Federal do Paraná, em abrir a série "Paranaenses", enfocando justamente Roberto Gomes.

Bons filmes, afinal, em exibição na cidade

Afinal, nem tudo está perdido! Parece que Chico ALves resolveu sair da inércia e retomar o comando da programação das salas da Fucucu, evitando que a incompetência continue a levar o setor para o brejo. Prova disso é que conseguiu - não se sabe onde - uma cópia de um clássico dos anos 50, "Lola Montes", de Max Ophus que está sendo exibida neste fim-de-semana na Cinemateca. Mas novamente é de se indagar: por que castigar (e afastar) um público que poderia ser mais numeroso se este clássico fosse exibido numa sala confortável como o Luz - que, está reprisando "Para Viver Um Grande Amor?"

Cida e Teresa mostram as músicas de Bertold

Não deixa de ser uma (feliz) coincidência: neste ano em que transcorrem os 90 anos de nacimento de Bertold Brecht (Augusburg, 1898 - Berlim Oriental, 1956), vem acontecendo algumas experiências para tornar suas obra mais conhecida, ao menos em termos de parcerias musicais. Há dois meses, a gorda e afinada Cida Moreyra, paulista de raízes londrinenses, esteve no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto apresentando um espetáculo de músicas de Brecht-Kurt Weil, antecipando ao lançamento de seu disco (Continental, junho/88), exclusivamente com temas desta dupla.

Mercedes Sosa, para consumo da burguesia

Ao final da apresentação de Mercedes Sosa, terça-feira a noite, no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, a cantora se fechou no camarim e seus "assessores" transmitiram ordens expressas: ninguém poderia ter acesso aos bastidores. O secretário René Dotti, da Cultura, numa demonstração de elegância e humildade, não invocou sua condição de autoridade cultural, que desejava cumprimentar a grande cantora argentina e ficou, anonimamente, do lado de fora.

Milton & Djavan, para muito ouvir e refletir

Final de ano, temporada dos discos mais importantes - em termos comerciais e artísticos. "Francisco", o novo álbum de Chico Buarque, agora na RCA, está saindo em seqüência aos lps de Martinho da Vila e Alcione, outros campeões de vendagem - afora Nelson Gonçalves, Luiz Gonzaga e Beth Carvalho. A Polygram vem de "Caetano", enquanto a CBS tem o creme-do-creme com o aguardadíssimo álbum de estréia de Milton Nascimento ("Yauaruetê") e Djavan ("Não é Azul Mas é Mar"), com mais algumas jóias de ourives sonoro que este alagoano é mestre.

O melhor Tom da nossa música internacional

Somente das dez músicas mais conhecidas de Antônio Carlos Jobim, existem catalogadas nada menos que 654 gravações diferentes. A campeã absoluta é "Garota de Ipanema", parceria com o poeta Vinícius de Moraes e que a partir de 1963 (quando teve nada menos de 18 diferentes registros) já foi gravada, em dezenas de países, nada menos que 133 vezes, por cantores, instrumentistas-solistas, pequenos e grandes conjuntos e até orquestras (uma delas foi feita em 1969, com o saudoso Lindolfo Gaya regendo uma grande orquestra, coral dirigido por Delfino Filho, para um elepê da histórica Elenco).

"Personalidade", a receita para as melhores reedições

Na fonografia aplica-se a lei de Lavoisier: nada se perde, tudo se transforma. Assim, cada faixa gravada por um artista que dê certo passa a ser propriedade da fábrica e tem "n" reaproveitamentos conforme as regras do marketing. Se, em vida, um artista ainda pode tentar vetar o aproveitamento de gravações que não o agradem, após a morte ou a saída do artista da empresa - a fábrica faz o que quer. A Polygram, por exemplo, lançou um elepê com sessões musicais que Elis Regina havia vetado - e o disco se tornou um sucesso.

No campo de batalha

"Demo", o novo quinzenário político de Brasília, formato tablóide, em seu número dois, na coluna "Bastilha", publica a seguinte nota, ilustrada com foto da primeira dama do Paraná: "Aos 23 anos, além de muito bonita, a advogada Débora Dias, primeira-dama do Paraná, é uma grande novidade para quem está acostumado à frivolidade que caracteriza a maioria das esposas dos governadores, que pecam justamente por serem muito deslumbradas. Débora Dias, não. E começa por confessar que tem em "O Príncipe", de Maquiavel, seu livro de cabeceira.
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