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Keaton, Chaplin e Capra em lançamentos da Century

No mercado do VI Festival Internacional de Cinema, Vídeo e Televisão, realizado de 23 de novembro a 1o de dezembro, no Hotel Esplanada, em Fortaleza, não foram poucos os que perguntaram por "Mr. Rocha". Afinal, se há um participante de destaque em todos os mercados do FestRio é Raul Rocha, 47 anos, um paulista que hoje é conhecido internacionalmente como um de nosso mais competentes caxeiros viajantes de imagens iluminadas.

Depois de "Pelle, o Conquistador", chega "O Urso"

O primeiro dos dez melhores, com certeza, chegou e já foi: infelizmente, mais uma vez, o público curitibano provou que longe de ser aquela platéia refinada e de bom gosto, exigentíssima (sic), é, ao contrário, acomodada e que perde assim o melhor do cinema. Preferindo o vídeo do que a versão 35mm, deixa de ver "Pelle, o Conquistador", do dinamarquês Belle August - Palma de Ouro (Cannes-88), Oscar de melhor filme estrangeiro (1989) - que ficou apenas uma semana no Cine Bristol.

Frankenstein ganhou por unanimidade nos curtas

Houve unanimidade. Tanto o júri de curta-metragem não teve maiores discussões como o júri de imprensa, e o apoio entusiástico do Público: "Frankenstein Punk" foi o melhor curta-metragem exibido no FestRio-86. Um filme de animação, com bonecos, recriando com imaginação e muito humor um dos personagens mais populares da literatura horror, "Frankenstein Punk", realização de Eliana Fonseca e Cao Hamburger, foi o favorito desde sua primeira projeção.

Sinceridade argentina e a decadência da Colômbia

A crítica foi implacável mas "Gerônima", o candidato da Argentina nesta terceira edição do FestRio, pode sair com uma premiação: o Prêmio OCIC, da Organização Católica de Cinema. Afinal, dos filmes em competição vistos até a metade do festival, esta fita pobre, humilde, realizada com muitas dificuldades, tem grandes aspectos humanos.

No campo de batalha

Um novo veículo anarquista circulando nos meios cineclubistas radicais do Estado. Chama-se "Caos" e tem como logotipo a sátira ao slogan da MGM: "Ars Gratia Artis-Cine Clube".

Os documentários do novo cinema cubano

A vinda a Curitiba do diplomata Idelso Espinosa Tasset, primeiro secretário da Embaixada de Cuba, acompanhado do sr. Bernardo Vorobow, diretor da Fundação Cinemateca Brasileira, de São Paulo, para a abertura da mostra "O Cinema Documentário Cubano" (Cinemateca do Museu Guido Viaro, até o dia 14, sessões às 20,30 horas), mostra a importância desta primeira amostragem da até agora ignorada cinematografia cubana. xxx

"Um caso escandaloso", a melhor estréia da semana

Poucas estréias nesta semana, enquanto aguarda-se os grandes lançamentos de final de ano, época em que as distribuidoras reservam seus maiores triunfos. Este ano não haverá nenhum Steven Spielberg ou George Lucas para tristeza dos exibidores mas, em compensação, há o "Labirinto", superprodução e com David Bowie, cada vez mais ator (sem deixar de ser cantor e compositor) como um andrógino misto de Mágico de Oz e Senhor dos Anéis.

Geléia Geral

Aproveitando a grande cobertura que a presença de David Byrne, 33 anos, líder do grupo Talking Heads, teve durante sua presença no III FestRio - no qual, seu filme "Histórias Verdadeiras" (True Stories), foi exibido, hors concours, na noite de encerramento (29/77, Hotel Nacional), a Odeon está procurando antecipar a edição do álbum com a sua trilha sonora - nove belíssimas canções, integradas ao clima deste filme um tanto mágico, que a Warner Brothers lançará no primeiro trimestre de 1987.

3º FestRio - Fim de festa

Surpresas sempre acontecem. E assim, o filme que era o favorito da crítica - e de parte do público - "O Declínio do Império Americano", uma produção canadense que faz uma adulta abordagem sobre o sexo na sociedade contemporânea, acabou somente com um magro prêmio dos críticos do Júri B, do "Jornal do Brasil". O grande premiado com o "Tucano de Ouro" foi "My Beautiful Laundrette", do inglês Stephen Frears, com sua ação ambientada na Londres 86, entre exilados paquistaneses, gays e grupos violentos.

Paixão e morte de Tancredo no "Céu Aberto" de Batista

Quando Céu Aberto foi selecionado para representar o Brasil - ao lado de Tigipió e Braz Cubas - no II FestRio, nem mesmo a produtora Assumpção Hernandes ou o seu marido, o diretor João Baptista de Andrade, tinham muitas esperanças. Sabiam que a massacrante cobertura de todo o martírio da doença do presidente Tancredo Neves e dos dramáticos momentos de seu enterro, pela televisão, haviam praticamente esgotado o tema em termos de interesse ao público.
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