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Heitor Villa-Lobos

Proença e a arte de administrar e tocar

Entre os muitos projetos que Maria Amélia, presidente do Pró-Música tem para os próximos meses está a de convidar o pianista Miguel Proença não só para fazer um recital mas, especialmente falar sobre administração cultural. Afinal, poucos artistas tem mostrado tanto dinamismo como animador cultural como este gaúcho de Uruguaiana, 49 anos, atual secretário da Cultura do Rio de Janeiro, em equilibrar as atividades administrativas com uma intensa vida artística.

No campo de batalha

O público, especialmente o jovem, está descobrindo a beleza de "O Selvagem da Motocicleta" (infeliz título que a Art Filmes deu para "Rumble Fish"), o excelente filme de Francis Ford Coppola, rodado há 4 anos e agora em exibição no Lido II (possivelmente deverá ganhar mais uma semana). Um filme sobre jovens, baseado em romance de S.E. Hinton (de quem o mesmo Ford rodou também em 83, "The Outsiders / Vidas Sem Rumo", já exibido em Curitiba), que merece toda atenção. Seguramente, um dos 10 melhores do ano. xxx

Os talentosos Morozowicz

Ah! Esses Morozowicz! Curitiba deve muito a inquietação, talento e criatividade desta família de origens polonesas que há seis décadas está integrada em nossa vida cultural. Primeiro foi o velho Thadeo Morozowicz que, chegando da Polônia, aqui implantou, em 1927, a primeira escola de danças - e uma das pioneiras do Brasil. Imagine-se a barra que era, na provinciana Curitiba do início do século, distante culturalmente do que acontecia no mundo, ver um imigrante eslavo se dispor a ensinar danças para as jovens.

No campo de batalha

Um dos documentários com maiores chances de levar mais uma premiação (já havia sido premiado em Gramado), é o "Rio de Memórias", que o cearense (radicado no Rio de Janeiro), José Ignácio Parente realizou com base exclusivamente em fotografias do Rio Antigo. Um trabalho belíssimo, com uma esplêndida trilha sonora. xxx

Villa Brasil, o clássico com a regência de Morozowicz

Num País em que as orquestras se contam nos dedos e a música dita clássica, quando muito, atinge gravações que com 3 ou 4 mil unidades já são consideradas best-sellers, o fato de uma Orquestra de Câmara, fundada há apenas 6 anos, atingir o seu oitavo elepê e exibir um currículo com quase 100 concertos - incluindo entre os solistas que com ela já atuaram nomes de expressão internacional como Jean Pierre Ramapla, Maurice Andre, Ingrid Haerler, Arthur Moreira Lima e Antônio de Menezes, não deixa de ser fato dos mais significantes.

Janeiro começa com rock

Para públicos especificamente bem definidos - mas ambos fiéis e constantes - duas grandes promoções abrem 1988. Enquanto que na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro (6 a 9 de janeiro) e no Estádio do Morumbi, em São Paulo (13 a 16), o som estridente de milhares de volts de supergrupos de rock como Pretenders, UB 40, Simple Minds, Simply Red, Duran Duran e Supertramp, mesclados a conjuntos nacionais, atrairão milhares de jovens no Hollywood Rock - em Teresópolis, em ambiente mais bucólico acontecerá um Festival Internacional de Música (10 de janeiro a 6 de fevereiro).

Assim falou Guarnieri

Exemplo de vitalidade e em plena fase criativa, Camargo Guarnieri, 80 anos - a serem completados no próximo dia 1º de novembro, fez questão de vir a Curitiba, ontem a noite, para o concerto da Orquestra de Câmara de Blumenau.

Uma orquestra faz sucesso (a de Blumenau, é claro!)

Enquanto a Orquestra Sinfônica do Paraná ainda capenga em termos promocionais - mais de um ano após ter sido fundada - a Orquestra de Câmera de Blumenau, criada há apenas cinco, está gravando seu sétimo álbum (um disco-duplo), tem a agenda preenchida para todo o ano de 1987 - com apresentações em praticamente todo o Brasil - e prepara-se para vôos maiores, com tournées no Chile e República Federal da Alemanha. Sem contar que ainda este ano, estará se apresentando em Montevidéu.

Sinfônica e Tagliaferro

A Orquestra Sinfônica do Paraná, sob a regência do maestro Osvaldo Colarusso, volta a apresentar-se amanhã, às 10 horas, no Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, do Teatro Guaíra.

A orquestra que merece os aplausos do público

Se fosse pela vontade do público, o concerto iria até a meia-noite. Por quatro vezes, o maestro Norton Morozowicz voltou ao palco do auditório Bento Munhoz da Rocha Neto e teve que apresentar números extras. Temas de Astor Piazolla, Radamés Gnatalli - uma suíte das canções populares brasileiras - e dois arranjos de Paul Hindesmith sobre canções européias, completaram, extra-programa, o belíssimo concerto que a Orquestra de Câmara de Blumenau apresentou em Curitiba.
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