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Roberto Pires

Questão da terra e risco nuclear

Na diversificação temática dos filmes trazidos a esta 23ª edição do mais antigo festival de cinema que se realiza no Brasil, mesmo considerando toda a pobreza da atual produção - existe, uma válida diversificação temática. Cosme Alves 51 conservador-adjunto da cinemateca Brasileira e representante do Festival do Cinema Livre de Havana - para a qual já selecionou 11 filmes brasileiros - entre baforadas de seu inseparável charuto e com seu eclesiástico bom humor, comenta: - "A produção que se vê nos festivais deste ano é o último da produção nacional".

Os premiados de Brasília

Brasília Eis os vencedores do 23º Festival do Cinema Brasileiro de Brasília, encerrado na noite de terça-feira, 16. Longa Metragem - Melhor filme - "Beijo 2348/72" de Walter Rogério. Diretor: Ivan Cardoso ("O Escorpião Escarlate"). Prêmio Especial do Júri: "Césio 137" de Roberto Pires. Prêmio do Júri Popular: "O Escorpião Escarlate". Ator: Chiquinho Brandão ("Beijo 2348/72"). Atriz: dividido entre Cristina Prochaska ("O Círculo de Fogo") e Joana Fomm ("Césio 137"). Atriz Coadjuvante: Denise Milfont ("Césio 137").

No campo de batalha

Embora sem ter obtido premiação, "Manhã", de José Henrique Nunes Pires e Norberto Verani Depizzolatti, teve acolhida simpática. A fotografia de Cido Marques, de Curitiba - funcionário da Cinemateca do Museu Guido Viaro - foi elogiada. Rodada em duas pequenas cidades do Interior catarinense - Rancho Queimado e Antiópolis, este curta inspirado no poema de Carlos Drummond de Andrade (roteirizado pelo gaúcho Tabajara Ruas, que já foi assessor da Fucucu, quando a mesma tinha um bom trabalho cultural) tem imagens belíssimas.

As imagens que desmistificam a nossa Capital da Esperança

"O filme de Vladimir é um tiro de obuz na mira das meias-verdades alicerçadas com o correr dos anos da ditadura. Com preciosas imagens arquivadas ao longo de quase 20 anos, tempo de gestação desta verdadeira ópera popular, além de depoimentos revistos e checados com o passar dos anos. Vladimir entrega agora ao público uma obra que não tem preço, um dos mais lúcidos espelhos da nossa realidade já construídos pelo cinema nacional". (César Mendes, "Correio Braziliense", 16/10/1990) xxx

De filmes, vídeos & gente que (ainda) crê na arte

Reflexo mais do que evidente da situação de penúria de quem faz cinema no Brasil: ao contrário dos anos anteriores, a delegação brasileira no Festival de Cinema Livre de Havana, que inicia no próximo dia 4 prolongando-se até 17, será reduzidíssima.

"Césio 137", um documento-drama da tragédia nuclear em Goiânia

Césio 137 - O Pesadelo de Goiânia" vale por mil discursos. Ao se propor a reconstituir a tragédia que abalou o Brasil - com repercussões internacionais - ocorrida há exatamente três anos, o cineasta baiano Roberto Pires se ateve a uma exata reconstituição de como os fatos se sucederam. A idéia inicial de utilizar como roteiro base o livro do jornalista ecológico Fernando Gabeira, foi abandonada pelo fato de que os personagens reais da tragédia não aceitaram certas liberdades tomadas pelo autor de "O que É Isto, Companheiro?

No campo de batalha

Houve época em que os prefeitos adoravam instalar fontes luminosas em suas cidades. Agora criar fundações culturais virou modismo e instituições aparecem em comunidades pequenas, ainda sem infra-estruturas para tanto. Uma das mais recentes fundações municipais de cultura é a de Araruna, que tem uma senhora - dona Gleise Mari Horn Buzuco - na presidência. xxx

No épico goiano, a bela Denise vive Santa Dica

As filmagens de "Santa Dica - A República dos Anjos" iniciaram em 5 de agosto no próprio Povoado da Lagoa, município de Pirenópolis (famoso por suas cavalhadas), onde viveu a mística Dona Dica. Em Goiás Velho também foram feitas algumas seqüências. Muitos exteriores, que exigiram grande sacrifício do elenco e da equipe técnica - passaram os três meses praticamente acampados, nas locações. Mas o entusiasmo por esta realização foi tão grande "que o desconforto nem nos incomodou", diz a bela Valeria Frascino, uma morena sensual que interpreta a cigana Antonieta.

Brasília, a Última Utopia, na visão de seis cineastas

Há dois anos, quando Reynaldo Jardim presidia a Fundação Cultural do Distrito Federal, o então governador José Aparecido - hoje ministro da Cultura - recebeu os participantes do XX Festival de Brasília para anunciar a decisão que havia tomado: financiar um filme, em episódios, isolados, que mostrassem aspectos diversos de Brasília através dos cineastas ali radicados.
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