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Richard Brooks

Gere, o "American Gigolô", não quer ser apenas símbolo sexual.

O ESTADO - Depois de ter atuado em papéis tão diversos, como em "A Procura de Mr. Goodbar" ou "Cinzas no Paraíso", como prostituto de "Gigolô Americano"? RICHARD GERE - Eu particularmente achava que precisava dar força especial a esse personagem. Uma força que não existia no primeiro tratamento do roteiro. Por isso eu conversei com Schrader e seus colaboradores, quando trabalhavam no texto, procurando mais solidez para a interpretação.

Marlon Brando.

MARLON BRANDO, James Dean e Paul Newmann surgiram nos anos 50. Na década de 60, os anti-galãs fisicamente falando como o baixinho Dustin Hoffman - provaram que beleza não se põe exclusivamente na mesa do cinema de consumo. Agora, no início da uma nova década, um ator em 3 anos de carreira aparece em 5 filmes, dirigido por nomes da importância de Richard Brooks ("À Procura de Mr. Goodbar"), Terence Malick ("Cinzas no Paraíso"), Robert Mulligan ("Irmãos de Sangue"), John Schelessinger ("Os Ianques Estão Chegando") e Paul Schrader ("Gigolô Americano").

Lá, como cá, como ali...

Bastaria uma seqüência de "Uma Mulher Descasada" (Cine Astor) para justificar o prêmio de mulher atriz a Jill Clayburgh no Festival de Cannes-78 e a tremenda injustiça que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, mais uma vez, cometeu, ao preferir dar (pela 2.ª vez) o Oscar de melhor atriz-78 a Jane Fonda (por "Amargo Regresso", de Hall Ashby): os 115 segundos que se sucedem a revelação do marido, Martin (Michael Murphy) de que há um ano já tem uma amante, Márcia, e que deseja se separar. Martin faz a revelação após um almoço numa lanchonete e emociona-se lágrimas.

Interiores da Alma & da Solidão

Cada vez mais os cineastas de maior consciência, responsabilidade e, talento, entendem que o importante em nossos dias é se voltar ao ser humano, procurando entendê-lo em seus anseios, angústias e medos - e traduzindo tais sentimentos em imagens que possam ser universais.

Nostalgia & metais

Foi nostálgico e até um pouco triste: casais na faixa dos 35/60 anos dançando alguns minutos, domingo a noite, ao som da orquestra de Harry James, no Clube Curitibano. Na primeira parte, todos permaneceram educadamente sentados - venderam-se bem menos mesas do que a diretoria pensava a tal ponto que foram colocados painéis ao redor do salão, tentando dar um tom intimista de boite.

Descolorida usina de sonhos

"O Último Magnata" (Cine Condor, 5 sessões diárias) é, antes de mais nada, um filme para quem ama o cinema. Um filme sobre o cinema para quem o curte - em seus mitos, sonhos & ilusões. Mas, paradoxalmente, muito provavelmente, em termos de bilheteria, não alcançará a renda mínima exigida pela impessoal CIC para justificar uma segunda semana de exibição.

Merece. Não só pela fotografia

Há filmes que merecem ser vistos apenas pela fotografia. Não é o caso de << Cinzas no Paraíso >> (Days of Heaven), que desde segunda-feira está em reprise no Vitória. Afinal, o roteiro de Terence Malick é dos mais coretos e a direção tão segura que valeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes no ano passado. Mas sem dúvida dificilmente um filme apresentou um fotografia mais bem cuidada do que a que Nestor Almendros conseguiu neste drama que se desenvolve como uma trágedia clássica grega, ambiente da no Texas no final da segunda década deste século.

Sinfonia dos bóias-frias em imagens inesquecíveis

Muitas vezes um filme impressiona visualmente, pela fotografia perfeita, cenofrafia cuidada, excelente guarda-roupa, mas não resiste uma análise mais profunda. Pecado de que é acusado - ou era, até há pouco - o francês Claude Lelouch, 43 anos, que pelo perfeccionismo da fotografia ganhou os mais importantes prêmios com << Um Homem, Uma Mulher >> (66) - em Cannes e o Oscar, mas que não resistiu a uma análise mais profunda. Outros exemplos poderiam ser lembrados, mas não é o que importa.

O incrível Mr. Haley

Em 1955, uma ultra-romântica musica de Sammy Fain e Paul Francis Webster, "Love Is A Many Splendored Thing", composta para a trilha sonora de "Suplicio de Uma Saudade", embalava muitos romances. Mas, paradoxalmente, ao romantismo daquele velho filme de Henry King, cuja musica até hoje é capaz de emocionar a geração dos anos 50, antepunha-se a chegada ao Brasil de um novo som, que no ano anterior havia começado a ganhar as paradas de sucessos dos Estados Unidos: o rock'n'roll, através do impacto de uma nova musica Rock Around The Clock", de M. C. Freedman.
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