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Paulinho da Viola

Troféu para todas veredas musicais

Paulinho da Viola (Paulo César Batista de Faria), às vésperas dos 48, cabelos enbranquecidos, elegantíssimo num terno marrom, emocionou logo no início do espetáculo em homenagem a Maysa, quando, com sua voz perfeita, interpretou as mais conhecidas das canções da inesquecível autora: "Ouça". Depois, foi a vez dele se emocionar: por quatro vezes recebeu as premiações que tinha todo direito - por seu maravilhoso álbum ("Eu Canto Samba", Barclay), que fez após uma parada de cinco anos em gravações.

Homenagem a Clara guerreira

Desde que assumiu funções executivas na EMI/Odeon o experiente Francisco Rodrigues, ex-CBS, está mostrando a sua competência. Tanto na área de comunicação como na produção, o estimado Chiquinho sabe fazer um bom trabalho e assim, dentro de uma gravadora que dispõe de um acervo tão grande, além de importantes representações internacionais, pode fazer pelas produções.

Fernandinho, repentista do Sul e Bráulio, o pianista

Por modéstia ou esquecimento, o percussionista Fernandinho do Bumbo (Fernando Fernandes Mariotto Alves de Oliveira, Antonina, 1945) não falou à repórter Adélia Lopes, na entrevista para o "Almanaque" dominical de um aspecto significativo em sua carreira - e que, por uma questão de justiça, nós que fomos testemunhas da história, aqui corrigimos. Foi a partir de uma irreverente rumba cha-cha, "Vila Hauer", que Fernandinho cantava nas noites do antigo "Caverna da Bruxa", que surgiu a idéia original de fazer um espetáculo sobre Curitiba - que desaguaria em "Cidade Sem Portas".

No campo de batalha

Há muitos Paulinhos de talento na MPB. Vítola e da Viola são dois deles. Paulo Vítola, publicitário, poeta e compositor, foi quem fez as músicas de "Cidade Sem Portas" e não o grande Paulinho da Viola (Paulo César Batista Faria), também nosso grande amigo. Fica corrigido o engano dos nomes dos autores do musical sobre Curitiba. A propósito: a pedido de um grupo teatral da cidade, Paulinho Vítola e Adherbal Fortes de Sá Júnior estão dando uma reciclada, duas décadas depois, nas músicas e textos, para uma possível remontagem.

Amélia e Clara, revelações veteranas para a nossa MPB

É sempre um risco apontar um(a) intérprete como revelação do ano quando, na verdade, este artista, em inúmeros casos, vem há anos batalhando pelo seu espaço. É o caso de Amélia Rabello, que estará em nossa edição dos melhores de 1989 como revelação do ano, mas que, na verdade, é uma estreante-veterana. Chegou agora ao seu primeiro elepê como solista (Velas/Polygram), mas com a esperiência, a bagagem e o rigor técnico de uma veterana. E não por acaso!

Alegria musical: Paulinho da Viola voltou a gravar

Rejubilai-vos, irmãos! Soltai fogos que tragam cores às noites brasileiras. Entoai cantos de alegria e gratidão! Paulinho da Viola faz, de novo, se ouvir nos corações e mentes.

Canto do Nacional revela talentos entre bancários

Há quase 30 anos, Paulo Cesar Batista Faria era um modesto funcionário da agência Botafogo do Banco Nacional (então "de Minas Gerais") e entre os clientes estava Hermínio Bello de Carvalho - na época, executivo de uma empresa de navegação - que tinha algumas composições. Bastou Hermínio ouvi-las para aconselhar o garoto: abandone o banco e assuma o samba! Assim nascia para a glória da nossa MPB o genial Paulinho da Viola. xxx

Capinam e Abel ganham afinal seus discos

Poucas vezes a edição de dois álbuns de montagens com fonogramas diferentes, reunindo vários intérpretes, obteve uma acolhida tão simpática (e ampla) junto à grande imprensa. A própria SBK Songs, etiqueta que, em 1988, foi a grande revelação no meio fonográfico, deve ter se surpreendido pelo interesse que a série Songbooks, reunido obras de letristas da MPB, despertou.

Portela e Clementina, os documentos indispensáveis

Apesar de ter deixado a direção da Divisão de Música Popular da Funarte há um mês, Hermínio Bello de Carvalho ainda mostra sua competência: além de estarem saindo mais dois livros e elepês com a Velha Guarda da Portela e Clementina de Jesus, projetos que pessoalmente haviam merecido seu empenho, HBC, no Recife, supervisiona a produção de um livro, "Pernoite", com crônicas de Antônio Maria (Araújo Morais, 1921-1964), acompanhado de um álbum, no qual vários intérpretes rememoram as mais belas canções do autor de "O Amor é a Rosa".
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