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Tim Maia

Canta, Brasil!

Ney e Tim, cantando com a força personalíssima O que marca um cantor? Eis uma questão para ser aprofundada por quem se interesse pela música popular em termos de arte & consumo. Pode ser a regularidade num estilo, como, há 40 anos, faz de Nelson Gonçalves, 67 anos - completados no dia 21 de junho, um dos nomes mais populares do Brasil. Ou o preciosismo vocal, a busca da perfeição que, de um outro lado, coloca um cantor como o baiano João Gilberto, 55 anos, em um altar especial a quem (como nós) o considera a mais perfeita das vozes do Brasil.

Canta, Brasil!

Bendita música popular brasileira. Num sopro revigorante, temos cantores personalíssimos e marcantes como Ney Matogrosso e Tim Maia em novos e marcantes discos, João Bosco internacionalizando um canto de origens afro, com scats em que une a malandragem e a Picardia (ao ponto de ter até uma faixa proibida para difusão pública), novos talentos como o pernambucano Fernando Pinto e o baiano Vevê Calazans, e a garra de Marçal, que como percurssionista e intérprete mantém a tradição familiar, lembrando que seu pai foi o grande parceiro do inesquecível Bide.

Geléia Geral

Pesquisador da música popular, autor de vários trabalhos da maior importância cultural, Leonardo Dantas Silva vem dirigindo com a maior competência a Coleção Pernambucana, editada pela Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes de Pernambuco. Como diretor de assuntos culturais da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, Leonardo já coordenou mais de cinqüenta títulos ligados a aquele Estado, sua história, cultura, folclores e tradições - os quais podem ser solicitados a Casa da Cultura de Pernambuco, Cais de Detenção, s/n - CEP 50.000, fone (081) 224.7632.

Gal, a voz perfeita; Angela, canto d'alma

A audição paralela dos novos discos de Gal Costa ("Bem Bom", RCA) e Angela RoRo ("Eu Desatino", Polygram) podem justificar algumas considerações. Intérprete das mais afinadas, carreira hoje internacional, a baiana Maria da Graça Costa Pena Burgos, 40 anos completados em 26 de setembro, é há muito quase uma unanimidade.

Um belo álbum para os 80 anos de Alcyr

Radialista e pesquisador musical, filho de um dos grandes compositores brasileiros, pioneiro do jingle no Brasil - Silvan Castello Neto (Ulisses Lelot Filho, 1904-1984), Berto Filho reverenciou a memória de seu pai com a edição (patrocinada pela Petrobrás) de um magnífico álbum duplo e de um livro (financiado pela Brahma, para quem Silvan criou inúmeros jingles) sobre a vida desse importante compositor e pioneiro da publicidade musical em nosso país.

Tim Maia, o canto gordo e com vigor

Uma personalidade ( o termo é esse mesmo) da MPB que ainda não foi devidamente entendido - embora, finalmente, alguns críticos comecem a valoriza-lo é Tim Maia, Gordo, briguento, místico, sua carreira tem sido das mais atrapalhadas. Fez parte da pré -Jovem Guarda , amigo de Roberto e Erasmo Carlos; viveu nos Estados Unidos, de onde saiu devido a problemas com drogas. Com "Primavera "(Casiano), foi a grande revelação do mivimento Soul no início dos anos 70 e chegou a fazer alguns Lps pela-Polygram.

Geléia Geral

Aos 66 anos, quase 50 de carreira, Nelson Gonçalves, gaúcho de Livramento não pára. Mais de 100 lps gravados - metade dos quais ainda em catálogo para bom faturamento da RCAu - NG é daqueles cantores que faz um disco em poucas horas, da forma mais econômica. Com isto, tem centenas de fitas ainda inéditas, material suficiente - como ele próprio diz - para seus [discos] continuarem a serem lançados, regularmente, até o ano 2.000 - temas aliás de uma das músicas de seu inseparável parceiro, compositor favorito e empresário - Adelino Moreira.

Geléia Geral

Já houve época em [que] os versionistas deitavam e rolavam. Qualquer sucesso americano era logo traduzido e gravado pelos intérpretes da moda. Hoje, já não há tantas versões - e estas acontecem mais para os chamados intérpretes bregues. Entretanto há quem ainda acredite na fórmula e o exemplo disto é Caio Flavio, cantor que fez um elepê exclusivamente com versões - assinadas por ele em parceria com L.C. Maluly. xxx

PRIMEIRO ÁLBUM-BRINDE É COM MÚSICA DE BANDA

Apesar da crise que faz com que todos os empresários de bom senso reduzam suas despesas, o salutar hábito de oferecer brindes culturais de fim-de-ano deverá prosseguir em 1983/84. Desde, que um publicitário criativo e, sobretudo, musical - Marcos Pereira (1931-1981), teve a idéia de substituir os presentes de fim-de-ano de sua agência de publicidade por discos produzidos com artistas brasileiros, a fórmula pegou. Nos últimos anos, não apenas discos, mas livros, álbuns de gravuras e outros presentes dos tempos das vacas-gordas.

Os amigos de Erasmo

Se Roberto Carlos conseguiu envelhecer com o seu público passando da ingenuidade da Jovem Guarda para músicas românticas e até audaciosas, falando em transas sexuais ("Cavalgada", "Café da Manhã", etc), quem não soube ter cintura para alcançar um público mais maduro, dançou. Que o diga Demétrius, Carlos Gonzaga, Tony e Cely Campelo, Ronnie Von, Deny e Dino, Leno e Lillian, Antonio Marcos, Martinha e tantos outros que, inutilmente, tentaram sobreviver, mas acabaram naufragando pois os jovens tem memória curta.
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