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Aramis

Artigos por data (1988)

Conversas com Adherbal e o teatro para leitura

Quem chega a Curitiba nesta semana é Adherbal Júnior, cearense há anos radicado no Rio de Janeiro, um dos mais criativos diretores de teatro surgidos nos anos 70. Vem a convite da produtora Sônia Garcia para fazer a parte cênica do super vídeo-clip "O Escravo", de Carlos Gomes, que com ajuda da Fundação Teatro Guaíra será rodado na Ilha do Mel. O coral sinfônico do Guaíra participará desta produção, num apoio para que a Fundação Educativa, do Rio de Janeiro, tenha em breve um vídeo a ser apresentado em toda a cadeia de TVEs do Brasil. Menos no Paraná, onde não existe televisão educativa.

Jordan não toca aqui mas Baden vem dia 17

Stanley Jordan, 27 anos, a maior revelação da guitarra no jazz, não se apresentará no Guaíra. Há 60 dias a data de 9 de março estava reservada para seu concerto mas afinal os promotores de sua temporada no Brasil decidiram passar voando sobre Curitiba e manter apenas o concerto de Porto Alegre. Razão: os muitos fracassos de bilheteria de bons espetáculos internacionais que tem feito empresários amargarem elevados prejuízos.

Biscoito (também) é cultura!

Biscoito também é cultura! E cultura lapeana.

O best-seller de Waldyr

Se houver uma gincana para indicar qual o autor paranaense de maior sucesso, em termos de vendas de livros, poucos se lembrarão do nome de um professor e militar da reserva, Waldyr Jansen de Mello.

Vídeo Trade, o ano zero do vídeo sem pirataria

Na segunda-feira, 7, logo pela manhã, Cyro Del Nero, 57 anos, principal executivo da I Vídeo Trade Show manteve contatos com a direção do Paulistur e da Fundação Bienal de São Paulo. Razão: conseguir uma área de, no mínimo, 16 mil metros quadrados, para a II Vídeo Trade Show.

Até os 3 Patetas no mercado das ilusões

Foi um supermercado de imagens. Tal como um Jumbo, Mercadorama ou Parati, no I Vídeo Trade Show (Anhembi, São Paulo, 4 a 9 de março) nos stands se oferecia apenas mercadoria. Só que ao invés dos comestíveis, objetos de limpeza ou bebidas, caixinhas com imagens coloridas que um dia foi considerado arte.

Um alternativo "porno-caipira" na Vídeo Trade

Na quente tarde de domingo, 6, segundo dia da I Vídeo Trade Show, há menos de 50 metros da entrada para o Palácio dos Eventos, um senhor meio calvo, de bermudas usando uma T-shirt da peça "Cyrano de Bergerac", com dois vídeos nas mãos, anunciava: "Vídeo pirata/ compre aqui em cruzados contra os dólares lá dentro". O produto oferecido era "Férias de Laura", apresentado como "o primeiro pornocômico do Brasil".

No campo de batalha

Na área da tecnologia, a vedete da Vídeo Trade Show, ao menos para o público, foi o Vídeo Wall, formado por um original telão reunindo 54 aparelhos de televisão, operados com computador e que permitem praticamente uma remontagem dos vídeos exibidos. Desenvolvido pela Art-Sistema, esta aparelhagem vem sendo usada comercialmente em lançamentos de produtos e eventos especiais, a um custo nunca inferior a Cz$ 4 milhões - já que exige o deslocamento de centenas de aparelhos e uma cara equipe de técnicos.

O Cine Clube dos anos de ouro do bom cinema

Jorge de Souza, 59 anos, exibia na noite de segunda-feira, no auditório Paul Garfunkel na Biblioteca do Paraná, o mais dentrifício sorriso: apesar da concorrência de "O Retorno de Jedi" na Globo e da estréia de Jô Soares na SBT/TV Iguaçu, nada menos que 100 cinemaníacos foram assistir "Flash Gordon no Planeta Mongo", 1936 - de 12 capítulos reunidos num filme compacto que constitui uma das preciosidades do cine Clube Aníbal Requião.

A sarna que faz Zé coçar e enriquecer

Apesar de ditador por 15 anos, Getúlio Vargas passou a história com uma imagem de simpatia e, dizem os estudiosos, para isto contribuiu a forma com que encarava o anedotário a seu respeito. Tanto é que comparecia aos teatros de revistas nos quais era satirizado. Naturalmente sem exageros...

Lustosa, pioneiro de nossa imprensa

Gravando um depoimento para o "Projeto Memória Histórica Bamerindus", na tarde de segunda-feira, 7, o ex-deputado e fazendeiro Antônio Lustosa de Oliveira impressionou aos seus entrevistadores pela lucidez de suas colocações e, especialmente, memória incrível, lembrando detalhadamente de nomes e fatos de sua longa vida (estará completando 87 anos no dia 13 de junho).

A morte de Armando

Com a morte de Armando Heyz, no último sábado, 5, apaga-se mais um pouco da já frágil memória do rádio paranaense. Armando não foi locutor nem produtor radiofônico, mas era uma das poucas pessoas que poderia revelar fatos importantes sobre a personalidade, o carisma e a forma com que Abel Scussiato, também já falecido, fazia para conquistar uma tremenda audiência nos anos 60 - proporcionalmente tão forte como as que tem hoje o deputado Algacy Tulio na Radio Club e Luiz Carlos Martins na Colombo.

Quando um narigão atrapalha o amor (ou as cartas não mentem jamais)

A revisitação de um clássico é sempre um risco calculado. Afinal, há que se ter muita competência e sensibilidade para tomando como ponto de partida um tema/história já consagrado recriar o mesmo clima. Ainda mais quando se trata de uma comédia.

Toquinho faz canção para Elis e grava com Watanabe

Primeira mão, nacional: nestes últimos dias, Toquinho trabalha numa canção muito especial. Uma música que fala com imenso carinho de uma das pessoas que mais o marcaram em sua vida - e a própria MPB: Elis Regina (Carvalho da Costa, Porto Alegre - 17/3/1945 - São Paulo, 19/1/1981). Toquinho foi um dos primeiros grandes amigos de Elis, desde quando a Pimentinha chegou em São Paulo, em 1961, para gravar seu primeiro elepê ("Viva a Brotolândia", Continental).

250 novos títulos lançados na Trade

Não será por falta de títulos que o mercado de vídeo perecerá. Ao contrário, as opções são tantas que as locadoras estão cada vez mais indecisas para saber o que comprar para oferecer a clientela. Razão pela qual os comerciantes, nem sempre intelectualmente preparados para esta área, estão recorrendo aos chamados "consultores", cinemaníacos ferozes, que julgando-se conhecedores do mercado fazem as indicações que possibilitam maior retorno do capital investido - em média Cz$ 5 mil por unidade.

Um novo catálogo de vídeos legais

Leonard Maltin é o mais conhecido dos autores de guias de vídeos. Anualmente, seu volume engorda cada vez mais, com milhares de títulos novos. A dupla Mick Martin & Masha Porter também entrou no mercado, com um "Vídeo Movie Guide" cuja edição 1988, 1.450 páginas, é vendida a Cz$ 1.500,00.

Os mestres ao piano com Perahia e Alfred Brendel

A CBS, fez três edições primorosas. Em primeiro lugar, temos os Concertos nº 1 e 2 para piano e orquestra de Beethoven com o jovem pianista novaiorquino Murray Perahia, acompanhado pela concertbown, de Amsterdam, regida por Bernard Haitink. Além do entusiasmo que esses nomes despertam, esta gravação traz uma curiosidade: o uso, no Rondó final do Concerto nº 1, Opus 15, em dó maior, de uma cadenza do próprio Beethoven recém descoberta e que pela primeira vez chega ao disco.

Os LPs que Armando não pode divulgar

Armando Heynz, falecido há 8 anos não pode acompanhar a divulgação do último suplemento internacional da WEA. Profissional esmerado, sempre atencioso, era um dos poucos divulgadores que entregava os lançamentos diretamente às rádios e profissionais da promoção musical, acompanhando - e catituando - a sua veiculação profissional da área, cuidar da divulgação do mais recente pacote de lançamentos da WEA - que com a morte do bom Armando perde um de seus melhores profissionais na área da promoção no Brasil.

As fitas e bandeiras coloridas da Venske

A sensação foi de magia. Nos imensos galpões, nos quais desde 1937 funcionava a fábrica de fitas e bandeiras Venske, na Rua Ubaldino do Amaral, o tempo parecia ter parado. Fechada há quase três anos, ali ainda se encontravam, intactos, os antigos teares e, especialmente, centenas, milhares de coloridas faixas, metros de fitas como um Arco-Iris dando aos espaços, entre poeiras e teias de aranha, uma sensação mágica e fantástica.

Nas fotografias, uma era da Curitiba que já se foi

"Fitas e Bandeiras Venske" não será apenas uma bela edição, digna de figurar em qualquer coleção de livros-de-arte. Resgata imagens de uma época industrial curitibana, infelizmente com poucos registros iconográficos.
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