Beth Carvalho
O disco de Fedato
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 11 de novembro de 1975
Haroldo Fedato, craque do futebol paranaense em décadas passadas, hoje próspero empresário no setor de artigos esportivos, é um homem de boas idéias promocionais. Tanto é que financiou a edição de um compacto duplo (Paranasom, PCD-2748) com três músicas de Sebastião Lima, ex-radialista, compositor de muitas obras mas, infelizmente, até hoje pouco conhecido. Com Ary Fernandes acompanhando pelo histórico Janguito e seu regional (quem não se lembra dele, nos programas de rádio da Guairacá, na década de 50?
Em todas as rotações ... Em todas as direções ...
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 16 de novembro de 1975
1 - Dois excelentes elepês de vocalistas, que merecem entrar na secção "Discos do Ano", saíram neste início de novembro: Beth Carvalho ("Pandeiro e Viola", Tapecar) e Nara Leão ("Meu Primeiro Amor", Philips). Discos que analisaremos, com maior vagar, no próximo domingo.
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Compactos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de novembro de 1975
Ao lado de lançamento da melhor MPB, como a série "Cem Anos de MPB" ou o novo disco de Beth Carvalho, a Tapecar faz também edições de comercial música americana, pois afinal precisa ter um equilíbrio de vendas, que, infelizmente, só a música brasileira não permite. Isso explica a edição de novos cantores e conjuntos, testados nos EUA e que trazem para o Brasil músicas capazes de agradar ao público jovem, menos exigente.
Discos do ano
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de novembro de 1975
Desde 1973 a cantora Beth Carvalho tem uma responsabilidade muito grande: seu disco anual passou a ser aguardado por um público fiel como um acontecimento da maior importância, em termos da melhor emepebe. Depois de "Canto por um Novo Dia" - onde iniciou um reencontro com a melhor MPB, os sambas mais autênticos e puros de compositores como Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, que passaram a se constituírem numa espécie de gurus musicais de seu repertório - Beth ganhou um lugar de maior destaque e importância dentre as vocalistas brasileiras.
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As melhores produções de 1975
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de janeiro de 1976
Aramis Millarch
32 anos, jornalista, editor do "Jornal da Música Popular" de O ESTADO, redator da coluna de música popular no semanário "Voz do Paraná" e revista "Quatro Estações", produtor do programa "domingo Sem Futebol" (Rádio Ouro Verde) e presidente da ASSOCIAÇÃO DOS PESQUISADORES DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA.
AS 10 MELHORES MÚSICAS NACIONAIS
1. Rancho em Branco e Preto (Carlos Lyra / Ronaldo Boscoli);
2. Vida (Paulinho da Viola / Elton Medeiros);
3. Lígia (Antonio Carlos Jobim);
4. Que Sejas Bem Feliz (Cartola;
5. Massa Falida (Fernando / Jesus Rocha);
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Em todas as rotações... Em todas as direções...
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 26 de outubro de 1975
Numa pequena sala do [último] edifício na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, onde a Phonogram tem seus escritórios, um homem trabalha em silêncio. Apenas uma escrivaninha, uma estante e uma atenciosa e competente secretária - a [simpática] dona Lucy. Mas neste pequeno espaço físico, [Maurício] Quadrio cria as mais importantes coleções fonograficas brasileiras, produzindo projetos excelentes em termos de cultura musical. Lançou, há poucas semanas, a obra de Vivaldi, em [álbum] de 10 [elepês].
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Zé Di, Demônios da Garoa e Sônia Lemos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 03 de agosto de 1975
São Paulo dá samba também. Pelo menos os paulistas gostam de Samba, haja visto o número de casas de samba que animam a noite paulista. E dois exemplos de samba que sai de São Paulo, são os elepes "Zé Di" (Tapecar, SS008, junho/75) e "Samba do Metrô" (Chantecler, 2-09-404-062, junho/75) com Os Demônios da Garoa - dois estilos, duas tendências - mas igualmente válidos pela preocupação de oferecer a nossa música popular.
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Novas da Tapecar
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de outubro de 1975
A Tapecar é uma das gravadoras que mais vem prestigiando a legitima música popular brasileira, com uma série de edições de sambistas de bom nível. Por exemplo, está em fase final de gravação o disco de Beth Carvalho. Do disco constam musicas compostas por Nelson Cavaquinho, Paulo Cesar Pinheiro, Gisa Nogueira, Martinho da Vila e Chico Buarque.
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Já saiu o primeiro elepe de Gilson de Souza ("Pôxa"), com quase todas as músicas de sua autoria, mas prestando também uma homenagem a Pixinguinha, através da regravação de "Gavião Calçudo".
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Cesar Costa Filho, o samba que diz muito
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 05 de outubro de 1975
"Em silêncio não significa calado. "De Silêncio em Silêncio" pode significar uma porção de coisas. Até mesmo isso: de silêncio em silêncio. Mas, talvez o silêncio seja o solo da canção..." (Jésus Rocha)
Em "Só Isto" (faixa 6/lado A) do lp De Silêncio em Silêncio" RCA Victor, 103.0146, setembro/76) cada estrofe é separada por alguns segundos de silêncio, o que confere maior dramaticidade a letra de [Jésus] Rocha, que a certa altura, numa espécie de autobiografia diz:
Meu nome lembra Jesus Cristo
O passaporte, o sonho aflito
Cruzei a solidão e o braços
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Eliana, afinal um grande disco
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 01 de março de 1975
Uma prova de quando é importante um bom produtor na carreira de uma cantora é o último elepe de Eliana Pitman, Filha (adotiva do admirável Booker Pitman (1909-1969) ao lado de quem iniciou sua carreira de vocalista nos anos sessenta, tendo como empresária uma das figuras mais famosas do folclore musical brasileiro, a vigilante supermãe Ofélia, que da ternura do personagem de Shakespeare só tem o nome, Eliana sempre teve boas oportunidades. Nunca lhe faltaram bons contratos e chances para se afirmar como show-woman.