Login do usuário

Aramis
Conteúdo sindicalizado RSS FestRio

FestRio

"Reencontro", o poema da farsa abolicionista

Ele é ainda pouco conhecido fora de circuitos específicos: MAZINHO (não confundir com o nosso Carlos Fernando Mazza, o "Mazinha", que é animador cultural). Mazinho foi o poeta convidado para subir ao palco da Sala Glauber Rocha, na abertura do FestRio, e ler o seu poema em homenagem ao casal Mandela. Bom de papo, o poeta fez mais: ao dedicar o pema "Reencontro" não só ao Mandela, mas também "À farsa existente, subliminarmente, em relação a raça negra.

No campo de batalha

Claudia Ohana, a mais nova sensação do cinema brasileiro - e já com carreira internacional - virou a musa das sessões secretas do festival da meia-noite na Sala Glauber Rocha: no domingo e segunda feira, ela aqui esteve, linda e sorridente, vendo os dois filmes nos quais interpreta o principal papel: "A Fábula da Bela Palomeira", dirigida pelo seu ex-marido, Ruy Guerra e "Luzia Homem", de Fábio Barreto.

"Luz", uma iluminada obra-prima africana

Com exceção do curta de 5 minutos "Não Mataram o Sonho de Patrício", no qual Camilo de Sousa e Ismael Vuvo mostram os esforços de uma criança, que tendo perdido os dois braços, vítima de bandidos, continua a estudar, o cinema africano não teve maior participação competitiva do FestRio. O curta de Moçambique ganhou premiação do Centro Internacional do Filme para a Infância e Juventude, mas foi pouco visto, já que teve apenas uma projeção.

Roberto preside o júri oficial

Roberto Farias, novo presidente do Concine, não poderá estar presente na reunião dó júri regional que, entre os dias 26 a 28, em Curitiba, estará vendo mais de oito horas de curta-metragens, para selecionar os títulos que merecerão certificado de boa qualidade para exibição obrigatória nas sessões de filmes estrangeiros. Farias desejava prestigiar este primeiro julgamento dos curtas sob sua administração, mas recebeu um convite irrecusável que o prenderá no Rio até o dia 29: é o presidente do Júri do FestRio.

Muito sexo e pouco tesão

Nunca se falou e se mostrou tanto em sexo. Um sexo que não chega a ser excitante nas imagens, mais para o cinismo, a imoralidade, do que para o tesão visual. Rio de Janeiro - Memórias da guerra, sexo, sentimentos humanos. Eis um tripé que, num primeiro levantamento, sintetiza ao menos 60% dos mais de 300 filmes reunidos no porre visual que se constitui a quarta edição do FestRio.

Viva o cinema do 3º mundo (mesmo quando é medíocre)

Há quatro anos, quando o FestRio foi idealizado em suas características internacionais, uma posição ficou bem clara, especialmente por parte de dois de seus diretores - Nei Sroulevich e Cosme Alves Netto: antes de tudo, seria uma grande mostra voltada ao cinema do Terceiro Mundo.

Melhor estréia é o grito anti-apartheid da África

Tinha tudo para ser um super-sucesso: como "Gandhi" (8 Oscars, incluindo os de melhor filme e diretor em 1985), aborda uma personagem contemporânea: o líder negro Sul-africano Steve Biko (8/12/1946-12/9/1977), criador do Black Consciousness, um dos mais corajosos movimentos de luta contra o apartheid.

No campo de batalha

Hoje à noite no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, última oportunidade dos curitibanos assistirem um dos mais belos espetáculos de dança apresentadas no Brasil: Momix Dance Theatre. O grupo americano, criativo e único em suas propostas, estreou no Rio de Janeiro na semana passada e faz aqui a sua segunda escala no Brasil. xxx A alta qualidade do espetáculo, a cuidadosa promoção - em nível nacional coordenada com o profissionalismo de Yvone Kassou e, em Curitiba, entregue a bem relacionada Verinha Walflor, garantiu a esta produção das irmãs Dauelsberg, um bom êxito de público.

O sempre forte apelo da paz

A guerra é um painel permanente ainda na cinematografia mundial. A visão nostálgica da guerra por olhos infantis - como faz o francês Louis Malle na primorosa "Au Revoir, Les Enfants" - que abriu a quarta edição do FestRio - ou da Londres bombardeada pelas bombas nazistas, no "amarcodeneano" Esperança e Glória, do inglês John Boorman - são provas de que, quase cinco décadas após o fim do conflito, o mesmo ainda pode ser revisitado com a emoção.
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br