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Luchino Visconti

Proust no filme com o requinte clássico

"Um Amor de Swann" (Cine Ritz, 5 sessões) se inclui naquela categoria de filmes que têm seu público ampliado a cada semana, não por publicidade ou (apenas) referências críticas mas, sobretudo, pelo chamado "elogio de boca a boca".

Caminhos da luz com reis Magos

Uma das preocupações dos cineastas Italianos de esquerda sempre foi a de colocar o povo como personagens importantes nos seus filmes. Acima de heróis - e como já dizia Bertolt Brecht, pobre do Pais que deles necessita - encontra-se numa filmografia política vários exemplos em que o povo, esta massa não identificada e nem sempre corretamente analisada, surge como condutor da história.

Artigo em 21.09.1985

Nino Missioneiro (Jorge Luiz Zeni), gaúcho de Estrela, 29 anos, ex- seminarista ( estudou em Paranavaí, entre l968/70), ex-lavrador e ex-camioneiro, é agora cantador e violeiro nativista. Dedicando-se à música popular desde l979, Nino conseguiu, finalmente, fazer o primeiro lp ("O Gaúcho da Querência ", RGE) e há quatro dias está em Curitiba, divulgando a música, com ajuda do sempre atuante Darcy do Espírito Santo. Gaúcho simples, com a mespontaneidade dos artistas nativistas, Nino toca violão e acordeon, e já compôs 863 músicas, das quais escolheu 12 para o elepê de estréia.

Os bons filmes que nunca serão vistos

O lançamento comercial de "O Rei da Vela" (Cine Groff, 15, 18 e 21 horas, a partir de hoje) não deixa, sem dúvida, de ser um importante evento para o cinema brasileiro independente. Afinal, o filme, que será visto em sessões normais, levou nada menos que 13 anos para ser concluído e, embora finalizado desde 1982, tendo sido inclusive, premiado no festival de Gramado, no ano passado, permanece inédito para o público.

Filme póstumo de Visconti

Quando começou a rodar "O Inocente", numa adaptação livre do romance de Gabriele D'Annunzio, Luchino Visconti (1906-1976) estava gravemente doente. Desde 1972 que problemas de saúde vinham dificultando sua extraordinária capacidade de realização, mas mesmo assim prosseguia com projetos difíceis, sempre amparados em textos vigorosos, como romances de Albert Camus ("O Estrangeiro") ou Thomas Mann ("Morte Em Veneza").

Perspectivas da Semana

Uma semana de excelentes opções para o espectador de bom gosto, que exige algo mais do cinema. Woody Allen, o genial e premiado ator-diretor-roteirista; em dose dupla: "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (Annie Hall), desde ontem no Cine Rivoli, para uma carreira de, no mínimo, dias semanas. No Astor, em sessões à meia noite, Jayme Tavares está reprisando os filmes anteriores de Allen: na semana passada, 810 pessoas superlotaram o cinema de (apenas) 500 lugares para rever "Tudo Que Você Sempre Quis Saber Sobre O Sexo...".

Família à italiana

Os grandes cienastas identificam-se com certos temas, certos gêneros, que marcam suas obras. Assim Felline busca sempre o tempo perdido, com memórias oníricas de sua vida - num painel da maior beleza e universalidade, o sueco Igmar (Bergan( há anos mergulha com sua câmara na alma e no desespero humano, enquanto Luchino Visconti sempre se mostrou um documentarista do comportamento sócio-psicológico do homem e sua época.

Tempo de biografias de Braga a Sinatra

O jornalista Dario Macedo, do "Correio Brasiliense" tem vindo regularmente a Curitiba. São passagens discretas, nas quais procura apenas uma pessoa: o ex-ministro Ney Braga. Razão: está trabalhando organizadamente num livro sobre o atual presidente da Itaipu Binacional, focalizando sua presença na política brasileira. Um projeto que outros jornalistas - como Gilberto Larssem, hoje assessor-chefe de comunicação da RFFSA, no Rio de Janeiro - já pensaram em desenvolver e que, por razões diversas, não conseguiram levar adiante.

Guarnieri e a televisão

A exemplo de Dias Gomes e Jorge de Andrade, a televisão brasileira conseguiu atrair mais um respeitadíssimo dramaturgo: Gianfrancesco Guarnieri, 41 anos, renovador do teatro brasileiro a partir de 1958, com "Eles Não Usam Black-Tie" e que ao lado de seu amigo Augusto Boal introduziu o sistema Coringa no teatro latino-americano, através das peças "Arena Conta Zumbi" e "Arena Conta Tiradentes". Trabalhando atualmente na conclusão de sua primeira telenovela - "Os Filhos do Sol", Guarnieri defende a presença do intelectual na televisão brasileira:
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